Austrália promete subsídio salarial de US$ 80 bi para proteger empregos diante do coronavírus
A Austrália gastará 130 bilhões de dólares australianos (US$ 79,85 bilhões) para subsidiar os salários de cerca de 6 milhões de pessoas, marcando uma terceira parcela de estímulo destinada a limitar as consequências da pandemia do novo coronavírus na economia do país.
O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, disse que os seis meses de financiamento são necessários para garantir que as empresas possam reter funcionários e se recuperar quando a crise passar.
"Precisamos ter uma economia em andamento para superar isso", disse Morrison em entrevista coletiva na televisão. "Isso é um incentivo para manter as pessoas trabalhando de fato... Eles podem mantê-las nos livros, nas folhas de pagamento."
O subsídio eleva o estímulo relacionado ao coronavírus do país até agora a 320 bilhões de dólares australianos, ou cerca de 15% do Produto Interno Bruto da Austrália, conforme o país também aumenta as medidas de distanciamento social, numa tentativa de aproveitar uma desaceleração da taxa de crescimento de novas infecções a nível nacional.
A Austrália tem um dos menores números de infecções por coronavírus do mundo e relatou que a taxa de novos casos caiu pela metade na semana passada. Cerca de 4.200 pessoas testaram positivo nacionalmente, e o número de mortos é de 18.
Mas as autoridades alertaram contra a complacência e introduziram novas medidas, incluindo restrições a reuniões públicas para apenas duas pessoas e fechamento de academias e parques.
O subsídio anunciado hoje fornecerá às empresas elegíveis 1.500 dólares australianos a cada quinzena por seis meses, para cada funcionário. Qualquer empresa que perdeu 30% de sua receita pode solicitar os fundos.
Milhares de australianos que já perderam o emprego serão elegíveis para os pagamentos através de seu ex-empregador.
(Reportagem de Jonathan Barrett, Byron Kaye e Colin Packham)
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