Trump diz que pode impor tarifa sobre importação de petróleo, mas espera não precisar
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse no domingo que poderia aplicar "tarifas bastante substanciais" sobre importações de petróleo caso os preços da commodity sigam baixos.
Ele acrescentou, no entanto, que não espera que isso seja necessário, uma vez que nem a Rússia e nem a Arábia Saudita, que têm travado uma guerra de preços no mercado de petróleo, iriam se beneficiar da continuidade das baixas cotações.
Os preços do petróleo já caíram em mais de 60% neste ano, à medida que o coronavírus derrubou a demanda e os importantes produtores Rússia e Arábia Saudita aumentaram a produção em uma disputa por participação no mercado.
Trump disse antes que espera que russos e sauditas cheguem a um acordo para cortar a produção em até 15 milhões de barris por dia. Nenhum dos países confirmou os comentários, mas Trump afirmou esperar que as tarifas possam ser evitadas.
"Eu usaria tarifas se precisasse. Mas eu não acredito que precisarei, porque a Rússia não se beneficiaria com isso, a Arábia Saudita não se beneficiaria com isso. Petróleo e gás são suas principais fontes de recursos, então obviamente seria muito ruim para eles", afirmou.
Os EUA se tornaram nos últimos anos o maior produtor global de petróleo, mas com a queda nos preços muitas empresas de energia norte-americanas endividadas podem ir à falência, enquanto trabalhadores podem ser dispensados.
Embora Trump tenha destacado que os preços baixos do petróleo são positivos para a indústria aérea e ajudam os consumidores, ele reiterou seu suporte ao setor de petróleo.
"Nós temos que salvar uma grande indústria", afirmou.
O Instituto Americano de Petróleo (IAP) e outros representantes do setor disseram a Trump que são contra as tarifas, temendo que a medida possa elevar custos de importação de petróleo e materiais para refinarias.
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