Dólar fecha em alta pelo 3º dia e vai a R$5,2424 com exterior
Por José de Castro
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em alta pelo terceiro pregão consecutivo nesta quarta-feira, seguindo o movimento externo, onde a demanda por segurança fortalecia a moeda norte-americana de maneira generalizada após dados bastante negativos nos Estados Unidos.
O mercado buscou refúgio no dólar depois de números mostrarem quedas históricas em medidas de atividade econômica nos EUA em março e abril, o que ampara visões de analistas de que a maior economia do mundo já está em profunda recessão que deve arrastar o mundo junto.
Embora seja a moeda do país onde foram registrados os dados negativos, o dólar é a divisa mais líquida do mundo e mantém status de porto seguro devido à sua ampla capilaridade no comércio global e à força da economia dos EUA.
O dólar se apreciava ante 32 de uma lista de 34 pares. O índice do dólar contra seis moedas subia 0,75%. Frente a moedas emergentes como peso mexicano, lira turca, rand sul-africano, o dólar subia entre 1,4% e 2,8%.
Aqui, a moeda se apreciou 1,00%, a 5,2424 reais na venda. Em três sessões seguidas de ganhos, a cotação acumula alta de 2,98%.
Na B3, o dólar futuro tinha alta de 1,58%, a 5,2490 reais, nesta quarta.
Fabrizio Velloni, chefe da mesa de câmbio da Frente Corretora, chamou atenção para a queda das commodities como fator a pesar sobre o real e o bloco emergente de forma comum.
O índice CRB de matérias-primas caía 1,9% no fim da tarde.
Além disso, questões fiscais têm voltado a pesar sobre os ativos brasileiros. Nesse contexto, o Credit Suisse lembrou que algumas moedas de países com contas públicas menos pressionadas, como Rússia, têm sofrido menos que outras em situação oposta.
"Até agora, os mercados recompensaram moedas apoiadas por bancos centrais que atuam com capacidade de estímulo abundante, onde havia credibilidade fiscal e monetária subjacente suficiente antes da crise de Covid-19", disseram estrategistas do banco, excluindo da lista real, rand sul-africano e rupia indonésia, por exemplo.
Mas, dada a magnitude da desvalorização do real ante o dólar neste ano, de mais de 23%, alguns analistas veem maior espaço para recuperação da divisa doméstica.
Em pesquisa recente, o Bank of America disse que 47% dos gestores consultados esperam que o real tenha desempenho superior a seus pares na América Latina nos próximos seis meses, alta em relação aos 37% da sondagem anterior. Uma porcentagem de 76% dos respondentes vê o dólar abaixo de 5,00 reais até o fim do ano, com a maioria apostando num intervalo entre 4,80 reais e 5,00 reais.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.