Trump pressionará por reabertura dos EUA enquanto milhões mais pedem seguro-desemprego
Por Susan Heavey
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, planeja anunciar na quinta-feira uma estratégia para reativar a economia após um isolamento de um mês em reação ao surto de coronavírus, apesar dos temores de especialistas de saúde, governadores e líderes empresariais sobre o risco de retirar as restrições sem ampla testagem em vigor.
Trump vai pressionar os Estados a suspenderem o confinamento em casa e outras restrições que fecharam empresas e interromperam a atividade cotididana num momento em que o número de mortes se aproximou de 31 mil na quarta-feira -- mais do que qualquer outra nação.
As ordens aos Estados também sujeitaram a economia a níveis que não eram vistos desde a Grande Depressão de quase um século atrás. Mais 5,2 milhões de norte-americanos pediram auxílio-desemprego na semana passada, elevando o total de reivindicações do último mês a mais de 20 milhões.
O presidente republicano, que depende da força da economia para sua reeleição, deve fazer uma teleconferência com governadores na tarde desta quinta-feira, e disse que anunciará seu plano em uma coletiva de imprensa mais tarde. A força-tarefa anticoronavírus da Casa Branca deve realizar seu briefing público diário às 17h.
Enquanto o debate sobre o momento certo de reabrir a economia se intensifica, o prefeito da cidade de Nova York, Bill de Blasio, apelou a Washington que forneça o "básico", como saúde, moradia e comida, para os norte-americanos comuns em epicentros como a cidade de Nova York.
"Todo mundo quer que nossa economia se recupere, eu sei que todos em Washington também sentem isso", disse de Blasio. "Mas deve haver um entendimento claro: se não pudermos fornecer o básico para o nosso povo, você pode se despedir da sua recuperação."
Na quarta-feira, Trump disse que os dados sugerem que os novos casos atingiram um pico nos EUA, e que líderes da indústria, em uma rodada de ligações, ofereceram boas ideias sobre como reiniciar a economia com segurança.
Mas especialistas em saúde pública e líderes empresariais afirmam que testes abrangentes para o coronavírus são um pré-requisito para abandonar as ordens de quarentena e outras medidas de distanciamento social para garantir que não haja ressurgimento de infecções e para que as pessoas se sintam seguras.
"A pior coisa que poderia acontecer seria lançarmos todos de volta ao ciclo econômico e ter que voltar a ter 97% de nosso pessoal ficando em casa novamente", disse à CBS o ex-assessor econômico da Casa Branca, Gary Cohn, nesta quinta-feira.
O número total de casos em todo o país subiu quase 30 mil na quarta-feira, para 637 mil, o maior aumento em cinco dias.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.