Barril de petróleo nos EUA tem mínima de 18 anos; PIB chinês e estoques ofuscam planos de Trump
Por Devika Krishna Kumar
NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo não tiveram direção comum nesta sexta-feira, com dados econômicos fracos da China e o rápido aumento dos volumes em estoques nos Estados Unidos ofuscando propostas do presidente norte-americano, Donald Trump, para que o país deixe o isolamento pelo coronavírus.
Os contratos futuros do petróleo dos EUA bateram uma mínima de mais de 18 anos, ampliando as perdas em relação ao petróleo Brent, o valor de referência internacional, em parte devido à expiração do contrato maio.
Ainda assim, os contratos com vencimento mais distantes também operaram em queda, à medida que a capacidade de armazenamento de petróleo do país é preenchida rapidamente e operadores ficam na expectativa de que cortes de produção ocorram nos próximos meses.
Os preços do petróleo têm permanecido baixos mesmo depois de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e outras nações produtoras anunciarem um acordo, no último final de semana, para uma redução de oferta de quase 10 milhões de barris por dia (bpd) em resposta à fraca demanda.
Os futuros do petróleo Brent fecharam em alta de 0,26 dólar, ou 0,9%, a 28,08 dólares por barril, enquanto o contrato junho do petróleo dos EUA, que passou a ser o vencimento mais ativo no dia, terminou a sessão em queda de 0,50 dólar, ou 2%, a 25,03 dólares o barril.
O contrato maio do WTI, menos negociado, despencou 1,60 dólar, ou 8,1%, para 18,27 dólares/barril, antes de expirar em 21 de abril, com operadores rapidamente passando a focar no contrato junho. O vencimento chegou a tocar uma mínima de 17,31 dólares na sessão, menor nível desde novembro de 2001.
A economia da China encolheu 6,8% no primeiro trimestre em comparação com igual período do ano passado, no primeiro declínio trimestral desde 1992. A produção diária de refinarias do país atingiu uma mínima de 15 meses, embora alguns sinais de recuperação possam ser notados à medida que o país flexibiliza medidas para contenção do coronavírus.
Os preços encontraram uma dose de suporte nos planos dos EUA para afrouxar os "lockdowns", após Trump divulgar novas diretrizes para que os Estados promovam uma reabertura em três fases, embora o impulso inicial às cotações do Brent tenha durado pouco.
"Se uma parcela maior da economia global aprovar planos para reabertura e restaurar algum grau de normalidade, isso pode ajudar os preços do petróleo a achar um piso mais firme em maio, apoiados pela entrada em vigor dos cortes de oferta da Opep+", disse Han Tan, analista da FXTM.
(Reportagem de Devika Krishna Kumar em Nova York, com reportagem adicional de Bozorgmehr Sharafedin em Londres, Roslan Khasawneh em Cingapura e Aaron Sheldrick em Tóquio)
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