Mourão diz que equilíbrio fiscal ficará para 2023 ou 2024 devido a gastos com pandemia
Por Eduardo Simões
SÃO PAULO (Reuters) - O vice-presidente Hamilton Mourão avaliou nesta quarta-feira que os gastos do governo por causa da pandemia de Covid-19 farão com que o equilíbrio fiscal seja atingido somente em 2023 ou 2024.
Em transmissão de vídeo ao vivo realizada pelo banco Itaú, Mourão disse que o governo do presidente Jair Bolsonaro não perdeu "o norte" da busca pelo equilíbrio fiscal por causa da pandemia e reconheceu que o Produto Interno Bruto (PIB) sofrerá uma queda, mas afirmou que a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, assim como o governo como um todo, trabalham para colocar essa queda "dentro do limite do aceitável".
"Nesse momento da pandemia foi mais do que necessária a intervenção estatal, isso nós vimos em todos os países do mundo", disse Mourão. "Agora, isso é uma questão temporária e isso tem sido marcado de forma muito clara pelo ministro Paulo Guedes", acrescentou.
"É óbvio que o recuo deste ano de 2020 vai levar que a gente só atinja um equilíbrio lá pelo ano de 2023, 2024. Essa é a minha avaliação."
O vice afirmou ainda que a discussão sobre reformas econômicas deve ser retomada no Congresso após a eleição municipal, marcada para outubro, para que sejam aprovadas pelos parlamentares no ano que vem.
Mourão disse ainda esperar que, dentro de dois ou três meses, a população possa retornar à vida normal após a pandemia.
"Vamos emergir disso aí. Mais dois, três meses a gente está entrando na vida normal e na busca dos objetivos daquilo que não é específico do governo, mas objetivo do Estado brasileiro de prover o melhor para sua população", afirmou.
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