Embraer está aberta a novas parcerias após fracasso de acordo com Boeing
A Embraer espera assinar novas parcerias estratégicas no futuro depois que a Boeing repentinamente cancelou em abril um acordo para assumir o controle da divisão de jatos comerciais da empresa.
O presidente-executivo da Embraer, Francisco Gomes Neto, disse que ainda é cedo para discutir essas oportunidades, pois a empresa está estudando um novo plano de cinco anos. Ele acrescentou que as parcerias estratégicas podem envolver produtos, engenharia e produção e países como China, Índia "e outros".
A Reuters informou na sexta-feira que China, Rússia e Índia estavam sondando a Embraer e estudando possíveis acordos, embora qualquer negociação seja preliminar.
Mais cedo, a Embraer informou, porém, que atualmente não está negociando com a estatal COMAC da China, a Irkut da Rússia ou a Índia sobre qualquer possível acordo para substituir a transação da Boeing.
A empresa reportou nesta segunda-feira prejuízo de 433,6 milhões de reais no primeiro trimestre, com queda de vendas em razão da pandemia do novo coronavírus, além de reflexos do fracasso do acordo com a Boeing.
A empresa disse que sua decisão de colocar funcionários em férias remuneradas em janeiro para finalizar os detalhes do acordo com a Boeing foi responsável por uma queda de 23% na receita. Em março, a Embraer novamente afastou os trabalhadores devido à pandemia de coronavírus.
Os executivos se recusaram a comentar um processo de arbitragem contra a Boeing devido ao cancelamento do negócio.
Mas a empresa disse que espera se recuperar de custos tributários da Boeing relacionados ao acordo que afetaram negativamente seus resultados trimestrais.
As ações da companhia subiam 2,8% às 11h30, enquanto o Ibovespa mostrava variação positiva de 0,6%.
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