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Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA caem para menos de 2 milhões

Pedidos de auxílio-desemprego totalizaram 1,877 milhão na semana encerrada dia 30 de maio - jxfzsy/Getty Images/iStockphoto
Pedidos de auxílio-desemprego totalizaram 1,877 milhão na semana encerrada dia 30 de maio Imagem: jxfzsy/Getty Images/iStockphoto

Lucia Mutikani

04/06/2020 09h45

WASHINGTON (Reuters) - O número de norte-americanos que solicitaram auxílio-desemprego caiu abaixo de 2 milhões na semana passada pela primeira vez desde meados de março, mas permanece surpreendentemente alto enquanto empresas se ajustam a um ambiente que foi significativamente alterado pelo Covid-19 .

Os novos pedidos de auxílio-desemprego totalizaram 1,877 milhão em dado ajustado sazonalmente para a semana encerrada em 30 de maio, ante 2,126 milhões na semana anterior, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. Economistas consultados pela Reuters previam 1,8 milhão de solicitações para a última semana.

O número de novas reivindicações vem caindo desde que atingiu um recorde de 6,867 milhões no final de março. Apesar da leitura ainda elevada, os dados mais recentes sugerem que o pior já passou para o mercado de trabalho, combinado com dados de quarta-feira que mostraram que o setor privado fechou menos vagas do que o esperado em maio.

Pesquisas também mostraram que a confiança do consumidor e os setores industriais e de serviços se estabilizaram, embora a níveis fracos em maio, indicando que a desaceleração provocada por uma quase paralisação do país em meados de março para controlar a propagação da Covid-19 está saindo do fundo do poço. Muitas empresas reabriram em meados de maio.

Economistas disseram que o número insistentemente elevado de pedidos de auxílio-desemprego vem de uma segunda onda de demissões, uma vez que as empresas navegam por uma demanda fraca, bem como de alguns atrasos nos escritórios estaduais de desemprego que ficaram sobrecarregados pelo fluxo de pedidos no início da paralisação.

"Muitas das novas reivindicações refletem demissões atuais, visto que o setor corporativo está começando a se ajustar de maneira mais ampla ao cenário alterado para o próximo ano", disse Lou Crandall, economista-chefe da Wrightson ICAP. "Mesmo quando a economia começa a reabrir, novas perdas de empregos continuam se acumulando."

A Boeing e a operadora de oleodutos Energy Transfer anunciaram demissões, enquanto alguns grandes varejistas como JC Penney e a cadeia Neiman Marcus entraram com pedido de falência. Estados e governos locais, cujos orçamentos foram dizimados pela luta contra a Covid-19, também estão cortando empregos.

O relatório de emprego do governo, que será divulgado na sexta-feira, provavelmente mostrará uma queda de 8 milhões nas vagas de trabalho fora do setor agrícola em maio, após fechamento recorde de 20,537 milhões postos de trabalho em abril, segundo uma pesquisa da Reuters com economistas. A taxa de desemprego deve subir para 19,8%, um recorde pós-Segunda Guerra Mundial, ante 14,7% em abril.

(Reportagem de Lucia Mutikani)