Venda de diesel no Brasil avança 3,5% em junho; operação de refinarias cresce
SÃO PAULO (Reuters) - A comercialização de diesel no Brasil registrou nos 24 primeiros dias de junho uma alta de 3,5% em relação a igual período do ano passado, informou nesta segunda-feira o Ministério de Minas e Energia, indicando uma recuperação em meio à pandemia de coronavírus.
Por outro lado, os números consolidados do mês indicam queda de 8% na comercialização de gasolina em comparação anual. Para o etanol, o tombo é ainda maior, de 22,5%, em momento em que as usinas de cana brasileiras se concentram na fabricação de açúcar em detrimento do biocombustível.
O consumo de combustíveis foi fortemente afetado pela pandemia de Covid-19, em função das medidas de isolamento impostas para conter a disseminação do vírus, o que limitou a circulação de pessoas.
Recentemente, porém, diversos grandes centros brasileiros têm flexibilizado suas quarentenas e iniciado reaberturas econômicas --entre eles, estão São Paulo e Rio de Janeiro.
Em boletim de monitoramento da Covid-19, o ministério destacou ainda que a carga de processamento de refinarias de petróleo no país atingiu no domingo 77% da capacidade, índice semelhante ao visto antes da pandemia.
"Após um período de oscilações na primeira quinzena do mês, em função de incidentes em unidades de processo, a carga global de processamento de petróleo nas refinarias voltou a apresentar crescimento e regularidade, se mantendo em valores equivalentes aos praticados antes do início da pandemia e das medidas de isolamento social no País", disse o boletim do ministério.
Um incêndio em uma das unidades de destilação na refinaria Duque de Caxias (Reduc), em 15 de junho, deixou a planta de refino temporariamente com apenas metade da capacidade de processamento de petróleo, ao paralisar a instalação atingida.
(Por Gabriel Araujo)
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