Após Covid-19, bancos dos EUA já não ganham como antes sobre os depósitos de clientes
Por David Henry
NOVA YORK (Reuters) - Grandes bancos nos Estados Unidos estão fazendo menos dinheiro com os depósitos de correntistas do que conseguiam antes da pandemia de coronavírus.
A receita líquida de juros, diferença entre o que o banco paga pelo dinheiro e o que recebe ao emprestá-lo, caiu em cinco bilhões de dólares, ou 10%, nos quatro maiores bancos do país no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano passado.
O recuo ocorreu depois que o Federal Reserve derrubou as taxas de juros em março para quase zero para apoiar a economia.
O JPMorgan Chase, por exemplo, divulgou que o spread gerado por depósitos de correntistas caiu para 1,52% no segundo trimestre, ante 2,60% no ano passado, quando a taxa de juros do Fed estava em 2,25%.
Já o Bank of America, maior em depósitos de correntistas do país, disse que o lucro a partir das poupanças caiu para 785 milhões, ante 2,2 bilhões de dólares um ano antes.
"Estes depósitos não são tão valiosos em um ambiente de juros baixos", disse o vice-presidente financeiro, Paul Donofrio, a analistas do setor.
Após a pandemia, os bancos receberam uma enxurrada de novos depósitos, mas estão relutantes em investir este dinheiro por receio de que pessoas e empresas rapidamente peguem de volta.
O analista do setor bancário David Hendler, da Viola Risk Advisors, afirmou que o crescimento do crédito não é uma opção dada a fraca demanda e risco de inadimplência. "As margens dos bancos estão pressionadas e eles não têm muitas alavancadas para puxar", disse Hendler.
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