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BNDES aprova R$30 bi em créditos para linhas emergenciais na pandemia

Nayara Figueiredo

02/08/2020 13h59

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) alcançou na sexta-feira a marca de R$ 30 bilhões em aprovações nas linhas emergenciais implementadas para atenuar as consequências econômicas causadas pela covid-19, disse a instituição financeira neste domingo (1º).

O apoio beneficiou até o momento mais de 163 mil empresas, contribuindo para a manutenção de um número estimado em cinco milhões de empregos.

As medidas emergenciais também tiveram como foco preservar as cadeias produtivas nacionais e a saúde dos brasileiros, destacou o banco de fomento em comunicado.

"As iniciativas voltadas às micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) receberam atenção especial, em virtude da importância econômica e social dessas atividades."

O Programa Emergencial de Suporte a Empregos (R$ 4,6 bilhões aprovados), a linha BNDES Crédito Pequenas Empresas (com R$ 6 bilhões), o Programa Emergencial de Acesso ao Crédito (R$ 3,4 bilhões realizados por meio da garantia) e a suspensão de pagamentos para operações indiretas automáticas (R$ 3,1 bi autorizados) possibilitaram a manutenção de um número estimado em quatro milhões de postos de trabalho.

Já as iniciativas do BNDES para preservar a saúde das pessoas tiveram como foco principal o Programa Emergencial para o Setor de Saúde (R$ 305 milhões aprovados), que resultou até o momento na aquisição de 2.870 leitos, 4,5 milhões de testes, 1.500 monitores e outros 220 respiradores para o tratamento de pacientes com covid-19.

Além disso, o banco disse que a campanha de financiamento coletivo Matchfunding Salvando Vidas (R$ 35 milhões captados) já entregou cerca de 14 milhões de equipamentos de proteção individuais (luvas, aventais, toucas, máscaras e álcool em gel) a 164 hospitais de 20 estados.

No apoio às grandes empresas, o BNDES estabeleceu linhas de suspensão de pagamentos para operações diretas - setor privado (R$ 7,8 bilhões aprovados) e suspensão de pagamentos para operações indiretas não-automáticas (R$ 1,2 bilhão aprovado) para todos os setores da economia.

"As ações emergenciais junto ao setor público tiveram como foco a manutenção da capacidade financeira de estados e municípios para enfrentamento da epidemia",ressaltou o banco.

Nesse contexto, a linha de standstill para o setor público adiou temporariamente R$ 3,3 bilhões em dívidas contraídas junto ao BNDES.

PIS/PASEP

Além destes R$ 30 bilhões em ações emergenciais, o BNDES também transferiu R$ 20 bilhões do fundo PIS/PASEP, gerido pelo banco, para o FGTS.

"Essa medida visa apoiar o trabalhador com a possibilidade de novos saques do fundo, além de liberar recursos para outras iniciativas de combate aos efeitos da pandemia. Somadas as ações e a transferência, o apoio financeiro do BNDES chegou a R$ 50 bilhões", acrescentou.