Corregedoria do MPF abre apuração preliminar sobre distribuição de procedimentos da Lava Jato em SP
Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - A Corregedoria do Ministério Público Federal (MPF) abriu uma sindicância para apurar se houve irregularidade na distribuição de procedimentos de investigação decorrentes das forças-tarefas da operação Lava Jato, segundo portaria de instauração do caso publicada nesta terça-feira no Diário do MPF.
Embora a portaria com a abertura da sindicância não tenha sido clara, a corregedoria informou que a apuração tem como foco a força-tarefa de São Paulo, informou a assessoria de imprensa do órgão.
A apuração foi aberta no momento em que o procurador-geral da República, Augusto Aras, e as forças-tarefas da Lava Jato estão em um forte embate. Aras teceu críticas recentes ao grupo de Curitiba, dizendo haver "caixas de segredos", no que foi rebatido.
O procedimento preliminar, que foi instaurado na quinta-feira passada e tem prazo inicial de 30 dias, foi determinada pela corregedora-geral do MPF, Elizeta Maria de Paiva Ramos, que designou a procuradora regional da República Raquel Branquinho para realizar a apuração do caso.
Caberá à Raquel Branquinho --que chegou a coordenar a força-tarefa da Lava Jato que atua perante a Procuradoria-Geral da República na gestão Raquel Dodge-- fazer um relatório propondo o arquivamento do caso ou a instauração de um inquérito administrativo disciplinar, se for constatada falta funcional.
Procurada, a assessoria de imprensa do MPF de São Paulo disse que a apuração tem o mesmo objeto de um feito pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), a partir de um pedido de um procurador da República.
Na íntegra da resposta ao CNMP, a força-tarefa paulista disse que a distribuição segue os mesmos critérios de demais processos em curso no Procuradoria da República no Estado.
"Oportuno informar, ainda, que a Corregedoria-Geral do Ministério Público Federal realizou, no primeiro semestre de 2019, uma correição ordinária abrangendo todos os feitos do 5º Ofício da PR/SP, incluindo os da Lava Jato", disse o documento.
"Em janeiro de 2020, realizou-se uma correição extraordinária nas 23 forças-tarefa existentes no MPF, incluindo a FTLJ-SP, que prestou à Sra. Corregedora-Geral do MPF todas as informações solicitadas. Em ambas as correições, nenhuma irregularidade foi encontrada", completou.
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