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ONS eleva projeção de carga de energia em agosto, vê alta de 2% apesar de pandemia

21/08/2020 13h42

SÃO PAULO (Reuters) - A carga de energia do Brasil deve avançar 2,1% em agosto na comparação com mesmo período do ano passado, projetou nesta sexta-feira o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que elevou a previsão ante a semana anterior em meio ao relaxamento gradual de medidas de isolamento contra o coronavírus pelo país.

O maior aumento percentual deverá ser registrado na região Norte, com alta de 5,2%, seguido pelo Sudeste, centro de carga do país, com 2,6%, disse em boletim o ONS, que na semana anterior esperava uma elevação de 0,6% no consumo pelo país em agosto.

Se confirmadas as expectativas, seria provavelmente a primeira alta na demanda registrada desde o início de medidas para contenção da pandemia do Brasil, em meados de março.

O ONS ainda não divulgou dados sobre julho, mas números preliminares da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) indicaram recuo de 0,6% no consumo de energia no mês em comparação anual.

Em abril, primeiro mês inteiramente sob impacto de quarentenas adotadas por cidades e Estados no Brasil para reduzir a disseminação do coronavírus, a carga por energia desabou 13%.

Em maio, a queda foi de 10%, enquanto junho deu sinais mais efetivos de melhora, com redução de 3,4% em base anual.

As novas projeções do ONS divulgadas nesta semana apontam para uma recuperação mais ampla da demanda por energia no país, com aumento de carga também no Sul e no Nordeste, de 0,3%, contra retração de 0,2% e 1,2% esperada para essas regiões na semana anterior.

O órgão também previa antes aumentos menores no Sudeste e Norte, de 0,8% e 4%, respectivamente.

O operador do sistema elétrico ainda projetou que as chuvas na região das hidrelétricas, principal fonte de geração no Brasil, devem atingir em agosto 86% da média histórica no Sudeste, onde estão os principais reservatórios, contra 75% na estimativa anterior.

No Sul, que passou por uma forte seca recente, as estimativas são de precipitações em 110% da média, com significativa melhora ante os 67% estimados antes.

(Por Luciano Costa)