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Bolsa dos EUA quer alternativa para empresas levantarem capital no mercado de ações

Logotipo da Nasdaq, Bolsa de Valores eletrônica e reúne ações de empresas de eletrônica, informática, telecomunicações e biotecnologia - Brendan McDermid/Reuters
Logotipo da Nasdaq, Bolsa de Valores eletrônica e reúne ações de empresas de eletrônica, informática, telecomunicações e biotecnologia Imagem: Brendan McDermid/Reuters

25/08/2020 11h33

A Nasdaq entrou com um processo junto aos reguladores dos Estados Unidos para alterar suas regras para permitir que empresas entrem no mercado de ações por meio de uma listagem direta para levantar capital, como alternativa a uma oferta pública inicial.

A medida ressalta o desejo de uma rota alternativa para os mercados, além de um IPO, em meio a críticas de empresas de venture capital de que os bancos de investimento estão precificando IPOs em valores baixos para ajudar investidores a obter grandes lucros.

A Nasdaq fez a proposta para a mudança de regra em um documento apresentado na segunda-feira e que deve ser publicado pela Securities and Exchange Commission (SEC) dos Estados Unidos nesta terça-feira.

A Nasdaq está trabalhando na alternativa há cerca de um ano, de acordo com uma pessoa com conhecimento do assunto.

A SEC já permite listagens diretas para empresas que não levantam capital no processo. Em 2018, o Spotify foi a primeira grande empresa a abrir capital por meio de uma listagem direta.

Em junho, a rival New York Stock Exchange (NYSE) apresentou uma alteração das regras à SEC que também permitiria às empresas levantar capital por meio de uma listagem direta.

A proposta da Nasdaq veria uma empresa, com a ajuda de um banco de investimento, definir uma faixa de preço não vinculativa antes da estreia na bolsa, com um número fixo de ações sendo vendidas. Não haveria limite de quanto acima da faixa de preço as ações de uma empresa poderiam ser negociadas em sua abertura; mas os papéis não iniciaram suas negociações mais de 20% abaixo da faixa.

De acordo com a proposta de junho da NYSE, uma ação precisaria estrear dentro da faixa de preço proposta.

Investidores de venture capital, incluindo Bill Gurley da Benchmark, criticaram a estrutura atual dos IPOs, argumentando que permite que os bancos vendam ações com desconto para seus clientes, que podem colher grandes lucros quando as ações começarem a ser negociadas.