Goldman eleva estimativa de produção de petróleo do Brasil até 2022
A produção de petróleo do Brasil deve alcançar o patamar de 3,5 milhões de barris por dia ao final de 2022, ante 3,3 milhões de bpd no início de 2020, projetaram analistas do Goldman Sachs em relatório no domingo, que já considera efeitos de recente revisão no portfólio de projetos da Petrobras.
"Em geral, estamos elevando nossas expectativas de produção para o período de agosto de 2020 a dezembro de 2021 em 40 mil bpd versus nossas expectativas anteriores", escreveram os profissionais do banco de investimentos norte-americano.
"Em nossas previsões, a produção deve ficar em média em 3,29 milhões/3,40 milhões de bpd em 2021/2022, respectivamente (+193 mil /104 mil barris/dia, respectivamente) e atingir 3,53 milhões de bpd em dezembro de 2022, uma vez que navios-plataforma (FPSOs) continuam a entrar em operação", apontaram.
A estatal Petrobras divulgou em meados de setembro uma revisão de seu portfólio de exploração e produção (E&P) devido aos impactos da pandemia de coronavírus. A previsão é de investimentos de US$ 40 bilhões a US$ 50 bilhões entre 2021 e 2025, ante US$ 64 bilhões no plano 2020-2024.
Os números do Goldman já levam em conta esse novo planejamento da estatal e a entrega no prazo esperado de novos FPSOs para a companhia.
Depois do início de operações em julho do FPSO P-70, no campo de Atapu na Bacia de Santos, os analistas do Goldman disseram esperar que mais seis grandes projetos comecem a produzir até o final de 2022.
"Para a Petrobras, eles envolverão quatro FPSOs na Bacia de Santos (Sépia, Mero 1, Búzios 5 e o projeto de recuperação de Lula) e um na Bacia de Campos (Marlim 1), além de um desenvolvimento operado pela Equinor no campo de Peregrino. Há mais sete FPSOs adicionais que devem ser adicionados até 2024", projetaram.
Embora os impactos gerados pela Covid-19 sobre as operações possam atrasar alguns FPSOs, os analistas do Goldman reduziram o prazo que estimavam necessário para a entrada em operação desses navios-plataforma, para entre 12 e 15 meses, de 24 meses antes.
"A maior parte da melhoria decorre da instalação mais eficiente", escreveram.
O relatório apontou ainda que a pandemia de coronavírus teve impacto negativo na produção do Brasil, com pico em maio, quando cerca de 250 mil barris por dia em produção foram afetados pela desativação de 62 campos em águas rasas, mas com posterior retomada devido à demanda da China.
"Nós acreditamos que esses fechamentos somam apenas 70 mil barris por dia hoje, e assumimos que 20 mil bpd em capacidade produtiva serão definitivamente perdidos", estimaram os analistas.
Os profissionais do Goldman apontaram ainda que a Petrobras precisará continuar investindo em novos FPSOs para desenvolver áreas arrematadas no leilão dos excedentes da cessão onerosa, do ano passado.
A estatal já tem processos em andamento para contratar três novos FPSOs que entrariam em operação entre 2024 e 2025 no campo de Búzios, incluindo um navio-plataforma que seria um dos maiores do mundo, acrescentaram, ao apontar que a Petrobras deve continuar aumentando sua produção a partir de 2023.
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