Compras de petróleo da China desaceleram devido a altos estoques e cotas limitadas
Por Muyu Xu e Florence Tan
PEQUIM/CINGAPURA (Reuters) - A China pisou no freio após um firme movimento de compras de petróleo à medida que os estoques se tornaram crescentes e as cotas de importação limitaram as possibilidades de negócios.
O enfraquecimento da demanda chinesa no último trimestre de 2020 ocorre em meio a novos lockdowns, e um aumento nos casos de coronavírus na Europa e nos Estados Unidos reduz o consumo de petróleo, acrescentando mais pressão baixista nos preços da commodity.
O maior país importador de petróleo bruto tem sido um mercado essencial para produtores do setor forçados a despejar o excesso de oferta, com o preço atingindo os menores patamares em décadas durante o auge da pandemia da Covid-19.
"A recuperação da demanda chinesa tem sido muito, muito forte e se você remover parte desta força, isso geraria um impacto baixista no mercado (global de petróleo)", disse Lachlan Shaw, diretor e chefe de pesquisas de commodities no National Australia Bank (NAB).
O país importou um recorde de 2,108 bilhões de barris, ou 12,8% da oferta global total, durante o período, de acordo com dados alfandegários da China e da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês).
Com uma média de 11,36 milhões barris por dia (bpd) no segundo trimestre e 11,68 milhões de bpd no terceiro, as compras de abril a setembro foram 16,5% maiores em relação ao mesmo período de 2019, fornecendo um suporte vital aos preços quando a economia global fraquejou.
No entanto, as importações da China podem agora cair até 1,7 milhão de bpd, ou 14,5%, em relação ao ritmo do terceiro trimestre nos últimos três meses de 2020, disse Shi Fenglei, diretor associado da IHS Markit.
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