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Ibovespa orbita 101 mil pontos com noticiário corporativo sem tirar EUA do radar

21/10/2020 11h26

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa flertava com os 101 mil pontos nesta quarta-feira, após alguma hesitação nos primeiros negócios, com o noticiário corporativo ocupando os holofotes enquanto agentes financeiros acompanham as negociações nos Estados Unidos para mais estímulos fiscais.

Às 11:11, o Ibovespa subia 0,47%, a 101.008,34 pontos. Na máxima, chegou a 101.148,97 pontos. O volume financeiro era de 5,76 bilhões de reais.

Nos Estados Unidos, Casa Branca e democratas tentam chegar a um acordo antes das eleições em novembro, embora muitos obstáculos permaneçam, incluindo o montante final do pacote de alívio aos efeitos econômicos do Covid-19.

"A pressão sobre ambas as partes (para um acordo) aumentou significativamente nas últimas semanas", destacou o analista Milan Cutkovic, da Axi.

DESTAQUES

- QUALICORP ON disparava 10,58%, após a rede de hospitais D'Or anunciar nesta quarta-feira que planeja ampliar sua participação companhia. A Rede D'Or, que está buscando aprovação do Cade para o negócio, já possui 10% de participação na Qualicorp.

- IRB BRASIL RE avançava 1,83% após resultado de agosto, que mostrou prejuízo líquido de 65,4 milhões de reais, mas se excluído o impacto de negócios descontinuados teria sido de lucro de 73,8 milhões. Além disso, a justiça extinguiu ação envolvendo perdas das ações exigindo garantia de 1 bilhão de reais.

- CYRELA ON valorizava-se 1,72%, após divulgar na terça-feira que seus lançamentos no terceiro trimestre somaram 2,59 bilhões de reais, o que equivale a um crescimento de 45,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Já as vendas contratadas líquidas saltaram 58,1%.

- EZTEC ON avançava 3,02%, tendo no radar previsão de realizar de 4 bilhões a 4,5 bilhões de reais em Valor Geral de Vendas para o agregado dos anos de 2020 e 2021, de empreendimentos exclusivamente residenciais, considerando somente a participação da companhia.

- WEG ON subia 0,14%, em meio à alta de 54% no lucro líquido do terceiro trimestre, para 644,2 milhões de reais, com a retomada da demanda de equipamentos de ciclo curto, além da manutenção do bom desempenho dos negócios de ciclo longo e controles de custos.

- CVC BRASIL ON recuava 2%, após valorização na véspera, enquanto o setor de viagens permanece sensível a incertezas sobre a recuperação da atividade após a pior fase da pandemia de Covid-19. GOL PN caía 1,27% e AZUL PN cedia 0,34%.

- PETROBRAS PN perdia 0,35%, em linha com o petróleo no exterior e após forte valorização na véspera, com dados da companhia conhecidos após o fechamento da terça-feira mostrando alta de 2,6% na produção de petróleo e gás, para 2,952 milhões de barris de óleo equivalente ao dia (boed) no terceiro trimestre.

- VALE ON mostrava acréscimo de 1,21%, apoiada na alta dos contratos futuros do minério de ferro negociados na China nesta quarta-feira, acompanhando os firmes preços no mercado físico.

- BRADESCO PN subia 1,44% e ITAÚ UNIBANCO PN avançava 1,11%, endossando o sinal positivo do Ibovespa, em meio a otimismo para os resultados do setor no terceiro trimestre, que começam na próxima semana, bem como percepções de que os preços estão atrativos.

- ÂNIMA ON, que não está no Ibovespa, mostrava acréscimo de 0,81%, após apresentar uma oferta maior pelos ativos no Brasil da Laureate, o que fez com que o grupo norte-americano de ensino encerrasse tratativas com a Ser Educacional, que receberá uma multa rescisória a ser paga pela rival brasileira. SER ON cedia 0,64%.

(Edição Alberto Alerigi Jr.)