Arezzo acerta compra da Reserva por R$715 mi; ações disparam
Por Paula Arend Laier e Aluisio Alves
(Reuters) - A Arezzo anunciou nesta sexta-feira acordo para compra da rede de moda Reserva, numa transação de 715 milhões de reais envolvendo dinheiro e ações.
Pelo acordo, os acionistas da Reserva receberão 225 milhões de reais em dinheiro (175 milhões à vista e 50 milhões um ano depois) e participação societária de cerca de 8,7% da Arezzo.
Já a família fundadora da Arezzo, Anderson e Alexandre Birman, este presidente-executivo da companhia, ficará com 45,8% da empresa combinada.
A transação leva para dentro da Arezzo 78 lojas da Reserva (incluindo 32 franquias) e deve ajudar o grupo a acelerar as vendas online, que já responde por cerca de uma quarto das suas receitas.
"Como é uma empresa bem mais jovem, a Reserva está mais evoluída em comércio eletrônico e vai nos ajudar bastante com isso", disse Alexandre Birman à Reuters, acrescentando que na Arezzo as vendas pelo ecommerce tiveram aumento de três dígitos ante mesma etapa de 2019, em meio aos efeitos da pandemia.
O atual sócio fundador da Reserva, Rony Meisler, e os executivos e sócios minoritários da Reserva, Fernando Sigal, Jayme Nigri e José Alberto da Silva, continuarão trabalhando para a companhia.
Em relatório, Luiz Guanais e Gabriel Savi, analistas do BTG Pactual, afirmaram que a transação é positiva principalmente por ampliar em quase quatro vezes o mercado potencial da Arezzo, tanto pelo modelo de negócios distinto da Reserva quando pela sua força no mercado de calçados.
Na mesma linha, Victor Saragiotto e Pedro Pinto, do Credit Suisse, sublinharam que a aquisição ajuda a Arezzo a expandir seu portfólio com o objetivo de ser uma 'casa de marcas'".
Às 14:55, a ação da Arezzo disparava 14,10%, a 59,98 reais, maior alta do índice Small Caps, que recuava 0,3%.
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