Ibovespa fecha em queda pelo 3º pregão e volta a perder patamar dos 100 mil pontos
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em queda nesta terça-feira, no terceiro declínio seguido após ultrapassar os 102 mil pontos durante o pregão na semana passada, com preocupações sobre o aumento de casos de Covid-19 no exterior avalizando movimentos de realização de lucros no pregão brasileiro.
Investidores na bolsa paulista também acompanham a temporada de resultados do terceiro trimestre, com Santander Brasil entre os destaques da sessão, com a pauta dos próximos dias reservando números de empresas relevantes e com expressivo peso no Ibovespa, entre elas Bradesco, Vale, Petrobras e Ambev.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,4%, a 99.605,54 pontos. Na máxima, mais cedo, chegou a 101.660,37 pontos. O volume financeiro somou 24 bilhões de reais.
Nos Estados Unidos, o S&P 500 recuou 0,3%, em meio a dúvidas sobre a recuperação da economia norte-americana por causa do aumento de casos de coronavírus e menos apostas de mais estímulos fiscais antes da eleição presidencial no dia 3 de novembro, tendo ainda de pano de fundo a temporada de balanços.
Os pregões na Europa também tiveram uma sessão negativa, com o londrino FTSE 100 fechando em queda de mais de 1%.
Para o analista Régis Chinchila, além da pressão dos eventos externos, a bolsa brasileira também refletiu movimentos de realização de lucros após três semanas consecutivas de alta e uma certa cautela antes da decisão de juros do Banco Central.
Na quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC encerra sua reunião de dois dias e a expectativa no mercado é de que a taxa Selic permaneça no piso histórico de 2% ao ano. As atenções no mercado estão voltadas particularmente para os comentários relacionados à inflação e cena fiscal.
"A alta da inflação e riscos fiscais podem levar o Copom a apresentar tom mais cauteloso no comunicado, ainda que sem abandonar o 'forward guidance' de taxas estáveis", acrescentou Chinchila, reforçando que o comunicado sobre a decisão deve concentrar as atenções.
DESTAQUES
- SANTANDER BRASIL UNIT fechou em baixa de 4,73%, após subir 3,87% no começo do pregão, na esteira de alta acima do esperado no lucro do terceiro trimestre. As units subiram consecutivamente nas últimas seis sessões, acumulando no período valorização de 13,7%.
- ITAÚ UNIBANCO PN perdeu 2,85%, também corrigindo parte de alta recente, enquanto BRADESCO PN, que divulga balanço na quarta-feira, encerrou em baixa de 2,79%. BANCO DO BRASIL ON recuou 2,15%.
- EMBRAER ON caiu 6,25%, no segundo pregão seguido de baixa, devolvendo boa parte da recuperação dos papéis na semana passada, quando acumulou elevação de 9,58%. No ano, o declínio dos papéis alcança 67%, em meio aos efeitos da pandemia de Covid-19 no setor aéreo, bem como fracasso no acordo com a Boeing. A Embraer divulga balanço em 10 de novembro.
- GERDAU PN subiu 2,39%, liderando as altas do setor de mineração e siderurgia na bolsa antes da divulgação do balanço na quarta-feira, antes da abertura do mercado. VALE ON subiu apenas 0,05%, mesmo com recuperação dos preços futuros do minério de ferro na China, enquanto CSN ON fechou em alta de 1,08% e USIMINAS PNA avançou 1,03%. Além da Gerdau, Vale e Usiminas divulgam balanço nesta semana. CSN já divulgou no último dia 15.
- LOCALIZA ON avançou 2,67% antes do balanço no final desta terça-feira, puxada pelo forte resultado da rival UNIDAS, que não está no Ibovespa e subiu 3,24%. A Unidas divulgou alta de 41,8% na receita líquida no terceiro trimestre frente ao mesmo período do ano anterior, para 1,18 bilhão de reais, enquanto o lucro líquido recorrente subiu 2,3%, para 40,1 milhões de reais. MOVIDA ON ganhou 0,76%.[nCVM5KkGmD]
- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON recuaram 1,83% e 1,68%, respectivamente, apesar da melhora dos preços do petróleo no exterior, com agentes financeiros na expectativa do balanço da petrolífera nesta semana.
- RD ON fechou em alta de 1,99%, também tendo balanço previsto para esta terça-feira ainda.
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