Desmatamento na Amazônia elevou emissões de carbono do Brasil em 9,6% em 2019, diz estudo
BRASÍLIA (Reuters) - As emissões de carbono do Brasil subiram 9,6% em 2019, devido principalmente ao desmatamento maior na Amazônia durante o primeiro ano de governo do presidente Jair Bolsonaro, informou um relatório publicado nesta sexta-feira.
Os dados indicam que o Brasil não cumprirá suas metas de emissão de carbono deste ano e que está se afastando da meta de 2025.
O Brasil emitiu 2,175 bilhões de toneladas de equivalente a dióxido de carbono (CO2e) em 2019, de acordo com o Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (Seeg), responsável pelo estudo mais abrangente sobre o tópico no país.
Em 2018, as emissões de CO2 haviam chegado a 1,8 bilhão de toneladas, 0,3% mais do que em 2017.
O Brasil conseguiu diminuir as emissões entre 2004 e 2012, mas os novos dados confirmam que esta tendência foi revertida, apesar das metas voluntárias acertadas antes da cúpula climática de 2009 em Copenhague. Estas metas foram inscritas na lei brasileira e se tornaram obrigatórias para o governo.
"Estamos numa contramão perigosa", disse Tasso Azevedo, especialista climático que coordena o estudo do Seeg.
"Desde 2010, ano de regulamentação da lei nacional de clima, o país elevou em 28% a quantidade de gases de efeito estufa que despeja no ar todos os anos, em vez de reduzi-la", alertou.
O crescimento das emissões em 2019 foi impulsionado pelo desmatamento em disparada na Amazônia, que representou 44% das emissões totais de CO2e do país, disse o estudo.
(Por Anthony Boadle)
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