Opep+ adia negociações para 3 de dezembro em meio a discordâncias, dizem fontes
Por Rania El Gamal e Ahmad Ghaddar e Olesya Astakhova
DUBAI/LONDRES/MOSCOU (Reuters) - A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados, liderados pela Rússia, adiaram para quinta-feira negociações sobre a política de produção de 2021, disseram três fontes nesta segunda-feira, já que "players" importantes ainda discordam sobre o volume que deve ser bombeado em meio à demanda enfraquecida por causa da pandemia de coronavírus.
A reunião da Opep+, que inclui a Opep, a Rússia e outros aliados, estava marcada para terça-feira, às 10h (horário de Brasília).
O grupo deveria flexibilizar os cortes de produção em 2 milhões de bpd a partir de janeiro. Mas, com a demanda ainda sob pressão, a Opep+ tem considerado prorrogar os atuais cortes de 7,7 milhões de barris por dia (bpd), cerca de 8% da demanda global, pelos primeiros meses de 2021, uma posição defendida pela Arábia Saudita, disseram fontes.
Após consultas realizadas no domingo não resultarem em um acordo, fontes disseram que a Rússia sugeriu a possibilidade de a Opep+ começar a elevar a produção em 0,5 milhão de bpd por mês a partir de janeiro.
Complicando ainda mais a situação, os Emirados Árabes Unidos --membros da Opep-- também sinalizaram que estariam dispostos a apoiar uma extensão do acordo atual apesar de os membros melhorarem o nível de conformidade aos cortes.
O ministro de Energia da Arábia Saudita, príncipe Abdulaziz bin Salman, anunciou durante a reunião da Opep nesta segunda-feira que deixará o cargo de co-chair de um comitê de monitoramento ministerial, segundo três fontes da Opep. Não ficaram claros os motivos para o movimento.
(Por Rania El Gamal em Dubai, Ahmad Ghaddar em Londres e Olesya Astakhova em Moscou; reportagem adicional de Alex Lawler e Bozorgmehr Sharafedin em Londres)
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