McConnell adia votação de cheques de ajuda a norte-americanos e desafia Trump
Por David Morgan e Susan Cornwell
WASHINGTON (Reuters) - O líder da maioria no Senado dos Estados Unidos, Mitch McConnell, adiou nesta terça-feira a votação do pedido do presidente Donald Trump para aumentar os valores de cheques de ajuda a cidadãos norte-americanos e exortou o Senado a anular o veto de Trump a um projeto na área de defesa, em um raro desafio a seu colega republicano três semanas antes de Trump deixar a Casa Branca.
McConnell agiu logo após Trump atacar líderes republicanos no Twitter, chamando-os de "fracos" e "cansados", em um aparente esforço para fazer o Senado aumentar de 600 dólares para 2 mil dólares o valor dos cheques e para apoiar seu veto ao projeto de defesa.
Depois que McConnell conduziu o início de uma rara sessão de fim de ano no Senado, Trump disse no Twitter que o Senado precisa aprovar os pagamentos maiores o mais rápido possível, "a menos que os republicanos tenham um desejo de morte".
McConnell, o principal republicano no Senado, bloqueou a consideração imediata de uma medida para aumentar os pagamentos, que visam dar alívio a famílias afetadas pela pandemia, sugerindo que o Senado começaria a examinar a questão com outras duas que Trump levantou --a integridade das eleições e limites a grandes empresas de tecnologia.
"Nesta semana o Senado iniciará um processo para trazer essas três prioridades para o foco", disse ele. McConnell não entrou em detalhes sobre que ação, se alguma, o Senado tomaria em relação aos cheques de estímulo.
O pacote conjunto --de 892 bilhões de dólares para enfrentamento ao coronavírus e de 1,4 trilhão de dólares que Trump sancionou no domingo-- inclui cheques de 600 dólares para pessoas afetadas financeiramente pelo coronavírus.
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