Opep+ retoma negociações após divisão sobre política de produção em fevereiro
Por Vladimir Soldatkin e Shadia Nasralla
MOSCOU/LONDRES (Reuters) - A Opep+ retomará negociações nesta terça-feira após conversas sobre a política de produção de petróleo do grupo para fevereiro terem travado, uma vez que a Rússia liderou pedidos por uma maior oferta enquanto outros sugeriram manter ou até cortar a produção devido aos novos lockdowns pelo mundo.
O debate recomeçará às 11:30 (horário de Brasília), depois de o grupo, que reúne membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados como a Rússia, não ter conseguido um acordo na segunda-feira.
Fontes da Opep+ disseram à Reuters que a Rússia e o Cazaquistão apoiariam um aumento de produção de 0,5 milhão de barris por dia (bpd), enquanto o Irã, a Nigéria e os Emirados Árabes sugerem que a oferta seja mantida estável.
Um documento interno da Opep visto pela Reuters nesta terça-feira, com data de 4 de fevereiro, sugere um corte de 0,5 milhão de bpd em fevereiro como parte de diversos cenários considerados para 2021.
O documento também afirma que o comitê interministerial conjunto da Opep+ destacou riscos baixistas e estressou que o retorno de medidas de isolamento contra a Covid-19 em diversos continentes, incluindo "lockdowns", "estão prejudicando a recuperação da demanda por petróleo em 2021".
Na segunda-feira, o ministro saudita de Energia, príncipe Abdulaziz bin Salman, disse que a Opep+ deve ser cautelosa, apesar de um ambiente de mercado geralmente otimista, uma vez que a demanda por combustíveis permanece frágil e as novas variantes do coronavírus são imprevisíveis.
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