Índia prevê contração do PIB de 7,7% e deve intervir para estimular crescimento
Por Manoj Kumar e Aftab Ahmed
NOVA DÉLI (Reuters) - A economia da Índia deve recuar 7,7% no atual ano fiscal que se encerra em março, o pior desempenho em quatro décadas, o que provavelmente levará o ministro das Finanças a pressionar por recursos voltados a estimular crescimento no Orçamento a ser apresentado no próximo mês.
A estimativa divulgada nesta quinta-feira pelo Escritório Central de Estatísticas do país está em linha com as projeções de economistas do setor privado, que preveem contração de 7% a 9,5% para o ano fiscal de 2020/21, e do banco central indiano, que revisou a estimativa para retração de 7,5%.
O Orçamento anual do governo para o próximo ano financeiro, que deve ser apresentado em 1º de fevereiro, deve aumentar os gastos com novas estradas e portos e fornecer incentivos para as indústrias, de forma a impulsionar a economia diante da crise.
A economia sofreu queda recorde de 23,9% no trimestre de abril a junho, após um lockdown nacional para evitar a propagação do coronavírus. No trimestre encerrado em setembro o recuou desacelerou a 7,5%.
O governo agora espera um crescimento econômico positivo marginal no trimestre finalizado em dezembro, já que a maioria das restrições relacionadas ao coronavírus foram suspensas, ajudando na demanda do consumidor e nos investimentos. A economia cresceu 4,2% no ano fiscal de 2019/2020.
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