Ibovespa intensifica perdas após abertura negativa em Wall Street
Por Aluisio Alves
SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da Bovespa ampliava perdas nesta sexta-feira, após a abertura negativa dos principais índices de Wall Street, enquanto os negócios com ações domésticas eram contaminados pela proximidade do exercício de opções, na próxima segunda-feira.
Às 12h07, o Ibovespa exibia desvalorização de 2,21%, aos 120.746,00 pontos. O giro financeiro da sessão era de 9,048 bilhões de reais.
Os índices das bolsas de Nova York tinham baixas, à medida o otimismo da véspera com um pacote de 1,9 trilhão de dólares para estimular a economia dos Estados Unidos dava lugar a receios com aumento de impostos, enquanto investidores conferiam os primeiros números da temporada de balanços trimestrais, aberta por JPMorgan, Citi e Wells Fargo.
Por aqui, a agenda de indicadores trouxe o decepcionante dado de que as vendas no varejo brasileiro recuaram 0,1% em novembro na comparação com o mês anterior. A expectativa, em pesquisa da Reuters, era de alta de 0,4%.
Além disso, os números crescentes de contaminação pela Covid-19 ganhava maior atenção de analistas de bancos e gestoras de recursos, devido a potenciais novos impactos econômicos.
"O aumento do número de óbitos e hospitalizações reforçando a importância de se vacinar a população o quanto antes", afirmou a equipe do Itaú Unibanco, em relatório.
DESTAQUES
- LOCALIZA tinha baixa de 3,6%, com o setor de locação de veículos e gestão de frotas todo no vermelho. LOCAMERICA recuava 3,4%. MOVIDA tinha decínio de 3,2%.
- PETROBRAS, após uma pausa na véspera, voltava a ser atingida por realização de lucros e caía 4%, no rastro da queda das cotações internacionais do petróleo. O mesmo ocorria com VALE, recuando 3,1%. Ambos os papéis estão no centro da disputa pelos contratos de opções sobre ações, que vencem na próxima segunda-feira.
- USIMINAS encolhia 5%, com as siderúrgicas entre os destaques negativos do índice. CSN tinha declínio de 5,7%. GERDAU retrocedia 5,6%.
- SUZANO subia 4,3%. KLABIN cedia 1,4%. Em relatório a clientes, o BTG Pactual manteve visão positiva para ambos os papéis, dado o cenário de alta de preços da celulose na China.
- JHSF era outra exceção, subindo 3,4%. A empresa anunciou mais cedo que suas vendas contratadas somaram 378,6 milhões de reais no quarto trimestre, alta de 192,9% ante igual período de 2019.
- MRV tinha baixa de 2,4%, após ter informado na véspera alta nas vendas e queda nos lançamentos do quarto trimestre, no comparativo anual. Segundo o BTG Pactual, as vendas no negócio principal da construtora vieram abaixo das expectativas.
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