Maia discute com embaixador chinês na quarta-feira sobre insumos para vacinas
Por Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), terá reunião na manhã da quarta-feira com o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, para discutir a situação de insumos para a produção de vacinas contra a Covid-19 no Brasil.
Segundo a assessoria da presidência da Câmara, o encontro será virtual e reservado.
Tanto o Instituto Butantan como a Fiocruz aguardam a chegada de insumos para a produção das vacinas CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac, e da AstraZeneca, respectivamente.
Segundo fontes ouvidas pela Reuters, uma soma de questões burocráticas e necessidade de suprir seu próprio mercado com vacinas estaria segurando a liberação pela China dos insumos para a fabricação das vacinas no Brasil.
Nesta terça, o presidente do Butantan, Dimas Covas, disse esperar uma rápida solução para o atraso da vinda de insumos da China e cobrou que o presidente Jair Bolsonaro atue para agilizar a liberação do produto pelo governo chinês.
Maia tem sido um dos críticos à atuação da diplomacia brasileira, do governo e do presidente Jair Bolsonaro e de pessoas de seu entorno em relação à China.
O contrato da Sinovac com o Butantan prevê a entrega de insumos para produção de 46 milhões de doses da vacina até abril. Parte dessa produção já foi feita, mas para o total ser atingido é preciso que mais insumos cheguem da China. Esse material, no entanto, ainda está naquele país e a autorização ainda não saiu.
Já o contrato com a Fiocruz prevê a aquisição de insumos para a produção de 100,4 milhões de doses até o meio do ano, antes de a fundação começar a produzir os insumos por conta própria. O primeiro lote para envase deveria ter chegado no início de janeiro, mas atrasou e a previsão é para o final deste mês.
Separadamente, o governo federal acertou a importação da Índia de 2 milhões de doses do imunizante da AstraZeneca.
No domingo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial tanto dos 2 milhões que virão da Índia como de 6 milhões de doses da CoronaVac, que já se encontram no Brasil.
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