Petrobras reduz diesel e gasolina em cerca de 4% na refinaria
SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras reduzirá os preços tanto do óleo diesel quanto da gasolina em suas refinarias em cerca de 4%, ou 0,11 real por litro em cada combustível, a partir de quinta-feira, informou a estatal nesta quarta-feira.
O movimento acompanha parcialmente uma tendência de queda nos preços do petróleo vista nos últimos dias, com a companhia defendendo que os valores praticados estão associados ao mercado internacional da commodity e ao câmbio.
O valor médio de gasolina nas refinarias da Petrobras passa com isso a ser de 2,59 reais por litro, corte de cerca de 4,1%. A Petrobras já havia anunciado uma redução de 5% para o produto na semana passada.
Já o diesel, combustível mais utilizado do Brasil, cairá para média de 2,75 reais por litro, acrescentou a companhia em comunicado a jornalistas.
Apesar dos reajustes reduzirem preços, o valor do diesel nas unidades da Petrobras segue acumulando significativa alta no ano, de 36%, segundo cálculos da Reuters com números divulgados pela estatal.
Já a gasolina ainda tem aumento de quase 41% frente aos valores praticados no início de 2021.
Nos postos de combustíveis, enquanto isso, o valor para os consumidores têm mantido tendência de elevação, mesmo depois do corte pela Petrobras nos valores da gasolina no último sábado.
Levantamento da Ticket Log mostrou aumento de 11,14% no preço médio da gasolina no Sudeste nas primeiras semanas do mês frente ao fim de fevereiro, enquanto o diesel também avançou no período em todos Estados da região acompanhados pela empresa de meios de pagamento. Em São Paulo, o diesel subiu em média 8,3%.
A Petrobras disse em nota que sua política para os combustíveis segue a paridade com o mercado internacional e tem "influencia limitada sobre os preços percebidos pelos consumidores finais".
Os valores nas bombas ainda são influenciados por fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margens das distribuidoras.
PARIDADE
Apesar de a Petrobras ter cortado preços, o movimento do barril de petróleo no mercado internacional e o atual valor real frente ao dólar permitiriam à companhia um movimento mais agressivo, estimou o sócio da Raion Consultoria, Eduardo Melo.
"Estávamos calculando em uma redução da ordem de 30 centavos, ela aplicou 11 centavos, é um movimento apenas parcial", afirmou ele, ao comentar sobre o diesel.
A Petrobras disse em fevereiro que passou a usar uma janela de um ano para calcular a paridade dos preços dos combustíveis, frente a período anterior de três meses.
A regra permite a ela praticar valores para gasolina e diesel acima ou abaixo da paridade de importação durante determinado período, desde que essa diferença "seja mais do que compensada" posteriormente dentro do prazo previsto.
Para Melo, a estatal pode ter buscado deixar "a janela de importação um pouco mais aberta" para evitar riscos de desabastecimento ao mercado.
Agentes que trabalham com importações costumam criticar a Petrobras por impactos negativos a seus negócios quando a companhia pratica preços abaixo da paridade.
(Por Luciano Costa e Marta Nogueira)
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