Ibovespa fecha em alta, novamente sem fôlego para renovar máximas
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em alta nesta quinta-feira, em sessão marcada por oscilações contidas, mais uma vez sem conseguir renovar máximas históricas, diante da falta de gatilhos de curto prazo para retomar o patamar dos 125 mil pontos.
Índice de referência da bolsa brasileiro, o Ibovespa subiu 0,30%, a 124.366,57 pontos, chegando a 124.536,66 pontos no melhor momento e a 123.470,32 pontos na mínima do pregão.
O volume financeiro da sessão somou 45,6 bilhões de reais, influenciado por operações ligadas ao rebalanceamento semestral de índices de referência de ações MSCI (https://bit.ly/3fsckXH).
As máximas históricas do Ibovespa foram registradas no começo do ano - de 125.076,63 pontos para o fechamento e de 125.323,53 pontos no intradia, ambos em 8 de janeiro.
Na visão do sócio da Veronezi Investimentos Fabio Galdino, há uma combinação de fatores brecando a bolsa paulista, desde rebalanceamento do MSCI a ruídos políticos, passando por receio de uma terceira onda de Covid-19.
Para que o Ibovespa ganhe um fôlego maior, ele avalia que são necessários catalisadores como avanço efetivo em reformas, progresso fiscal e melhora no ambiente político, além de mais uma temporada forte de resultados corporativos.
O sócio e economista da VLG Investimentos, Leonardo Milane, por sua vez, avalia que é uma questão de tempo para o Ibovespa romper essas máximas, dada a dinâmica de preços de commodities e melhora da economia do país.
Ele também observa uma vontade do Congresso de tramitar em breve as reformas administrativa e tributária.
Em paralelo, dados nos Estados Unidos também tendem a continuar no radar, principalmente os reflexos da retomada daquela economia no comportamento dos preços ao consumidor e como o Federal Reserve analisará e reagirá a tal cenário.
"O mercado está mais pessimista e o Fed, mais cauteloso", afirmou Galdino, avaliando que, enquanto houver resultados consistentes mostrando melhora de produtividade, o BC dos EUA não deve promover ajustes em sua política monetária.
Nesta sessão, enquanto dados de auxílio-desemprego reforçaram o quadro de retomada da atividade dos EUA, receios com a inflação norte-americana corroboraram certa cautela antes desempenho de abril da medida preferida de preços do Fed.
Em Wall Street, o S&P 500 fechou com variação positiva de apenas 0,11%.
Milane, da VLG Investimentos, também destacou como positivas as notícias de que o pacote de infraestrutura está andando no Congresso dos EUA e que o presidente Joe Biden pode tentar aprovar um orçamento gigantesco.
De acordo com o New York Times, Biden anunciará na sexta-feira um Orçamento de 6 trilhões de dólares para 2022, o maior gasto desde a Segunda Guerra Mundial.
DESTAQUES
- COGNA ON e YDUQS ON avançaram 6,19% e 6,67%, respectivamente, em mês positivo para o setor de educação. No ano, Cogna ainda recua 7,34%, enquanto Yduqs acumula elevação de 2,12%, ante 4,49% do Ibovespa.
- EMBRAER ON fechou em alta de 6,05%, após fechar em baixa de 2,4% na véspera, quebrando uma sequência de quatro pregões de alta.
- VALE ON subiu 0,72%, com os futuros do minério de ferro na Ásia se recuperando após tocarem mínimas de mais de seis semanas, em meio a alívio em preocupações sobre possíveis medidas da China contra negociações especulativas.
- PETROBRAS PN recuou 0,69%, mesmo com a melhora nos preços do petróleo no exterior, com o contrato do Brent - referência da companhia - fechando em alta de 0,86%
- ITAÚ UNIBANCO PN caiu 0,85%, após forte valorização na véspera, enquanto BRADESCO PN terminou com acréscimo de 0,61%. Entre os bancos de varejo do Ibovespa, BANCO DO BRASIL ON valorizou-se 1,36%.
- AZUL PN recuou 4,58%, em meio a ajustes após ter disparado mais de 11% na véspera. GOL perdeu 0,62%, após elevação de mais de 7% na quinta.
- REDE D'OR SÃO LUIZ ON, que não está no Ibovespa, cedeu 3,4%, a 71,00 reais, exatamente o valor da precificação de sua oferta de ações.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.