Ibovespa tem alta leve após sinais de alívio de tensões na Ucrânia
Por Andre Romani
SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da bolsa brasileira subia levemente nesta terça-feira, diante da recuperação dos ativos no exterior após a Rússia anunciar que algumas de suas unidades militares próximas à Ucrânia estão retornando às bases, em um potencial sinal de arrefecimento das tensões na região.
A indicação, entretanto, pesou nos preços do petróleo e, por consequência, na Petrobras e outras ações de petrolíferas, enquanto a Vale, outro peso-pesado do índice, caía com temores de repressão da China no mercado de minério de ferro.
Às 12h10, o Ibovespa subia 0,27%, para 114.211,99 pontos, engatando a sexta alta consecutiva. O volume financeiro da sessão era de 10,6 bilhões de reais.
A notícia da retirada de tropas russas dava impulso aos ativos de risco, ainda que não esteja imediatamente claro o tamanho do movimento e se isso pode ser um sinal de que os russos estão procurando uma saída diplomática.
O secretário-geral da aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, afirmou que há motivos para um "otimismo cauteloso", mas que até agora não viu "nenhum sinal de desescalada no terreno do lado russo".
A Rússia acumulou tropas próximas às fronteiras com a Ucrânia, o que gerou temores de uma potencial invasão e pressionou os mercados, especialmente nas últimas duas sessões. Países incluindo Estados Unidos e Reino Unido ameaçam com sanções caso uma ofensiva se concretize, enquanto Moscou nega planos para um ataque.
Em Wall Street, os principais índices de ações subiam cerca de 1% ou mais. Investidores ainda digeriam a alta acima do esperado no indicador de preços ao produtor dos EUA.
Já na cena local, destaque ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que disse em entrevista ao jornal Valor ter sido alertado por integrantes do Ministério da Economia sobre potencial desarranjo no dólar e juros por causa de propostas de emenda à Constituição sobre os preços dos combustíveis. Segundo ele, os textos perderam força após o aviso.
DESTAQUES
- BANCO DO BRASIL ON subia 5,6%, após reportar aumento de 60,5% no lucro recorrente do quarto trimestre, em comparação anual, para 5,9 bilhões de reais, acima da média de expectativas do mercado, de 4,81 bilhões. O banco ainda estimou lucro ajustado de 23 bilhões a 26 bilhões de reais em 2022 e anunciou proventos aos acionistas.
- ELETROBRAS ON e PN avançavam 1,7% e 2,1%, respectivamente. O TCU retoma nesta terça-feira a análise do processo para privatização da companhia, após adiamento da decisão em dezembro.
- PETROBRAS PN caía 3,1% e ON recuava 3,5%, diante de queda firme dos preços do petróleo por causa da indicação de alívio nas tensões entre Rússia e Ucrânia. A commodity vinha sendo impulsionada pelos temores de conflito na região, dado seu potencial impacto na oferta. 3R PETROLEUM ON perdia 3,4% e PETRORIO ON recuava 2,8%.
- VALE ON caía 3,7% e siderúrgicas operavam pressionadas, com CSN ON despencando 5,8%. Os contratos futuros de minério de ferro despencaram na China, à medida que traders abandonaram a commodity em meio a temores de uma repressão no país asiático, depois de Pequim alertar que agiria contra a disseminação de desinformação sobre os preços.
- LOCAWEB ON subia 11,9%, enquanto AZUL PN ganhava 7,5%, GOL PN avançava 6% e BANCO PAN PN tinha alta de 6,9%. As ações estavam entre as principais altas do Ibovespa.
- ITAÚSA PN subia 0,2%, depois de anunciar resultados do quarto trimestre. O lucro recorrente somou 4,185 bilhões de reais, aumento de 53,2% sobre um ano antes, com melhora em todas as linhas de negócios.
- ENGIE BRASIL ON caía 0,2%, após reportar lucro líquido ajustado de 808 milhões de reais para o quarto trimestre, queda 26,2% ante mesmo período do ano anterior.
- RAÍZEN PN caía 0,9%, após divulgar balanço trimestral e revisar projeções, enquanto SÃO MARTINHO ON operava com alta de 0,3%, também na sequência de resultados e depois de anunciar investimento adicional em etanol de milho. As duas ações não fazem parte do Ibovespa.
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