Déficit comercial do Japão em janeiro é o maior em 8 anos
Por Daniel Leussink e Kantaro Komiya
TÓQUIO (Reuters) - O Japão registrou o maior déficit comercial mensal em oito anos em janeiro, uma vez que os custos altos da energia incharam as importações e a indústria teve dificuldades para lidar com as restrições de oferta, provocando queda nos embarques de carros.
O crescente déficit comercial destaca a vulnerabilidade da terceira maior economia do mundo à disparada dos custos de commodities e à desaceleração da demanda da vizinha China.
As importações dispararam 39,6% em janeiro na comparação com o mesmo mês do ano anterior, atingindo um recorde em termos de valores em iene ao alcançarem 8,5231 trilhões de ienes (73,81 bilhões de dólares), mostraram dados do Ministério das Finanças nesta quinta-feira, contra expectativa do mercado de alta de 37,1%.
Isso superou com força o aumento de 9,6% das exportações, deixando a balança comercial com um déficit de 2,1911 trilhões de ienes, o maior em um único mês desde janeiro de 2014.
O déficit foi muito maior do que a estimativa de um saldo negativo de 1,607 trilhão de ienes.
Um grande fator teria sido a queda nas exportações de carros. Fabricantes como Toyota Motor Corp e Suzuki Motor Corp foram forçadas a fechar temporariamente algumas fábricas depois de enfrentar problemas nas cadeias de oferta e pressão de um aumento recorde nos casos de Covid-19 no país.
As importações, por sua vez foram sustentadas pelo aumento da entrada de petróleo, carvão e gás natural liquefeito.
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