Petrobras vê impacto em preços de gás natural, mas não em volumes com crise na Ucrânia
A Petrobras não vê risco no suprimento de carga importada de gás natural liquefeito (GNL) diante da crise na Ucrânia, mas observa "impacto bastante significativo em custo", disse a jornalistas nesta quinta-feira o diretor-executivo de Refino e Gás Natural da petroleira, Rodrigo Costa.
De qualquer forma, o executivo reconheceu que a empresa acompanha "bem de perto todos esses movimentos e as novas realidades de suprimentos tanto para Europa quanto para a Ásia, em função desses eventos geopolíticos" recentes.
"A gente não vê risco na questão de movimentação de carga (de GNL) para atender aos nossos compromissos contratuais, o que nós vemos, sim, é um impacto bastante significativo em custo", disse o executivo, durante coletiva de imprensa sobre os resultados do quarto trimestre.
"A gente já vê movimentações de precificações de GNL voltando ao patamar de 30 dólares por milhão de BTU, que seria o equivalente a cerca 300 dólares por barril, patamares extremamente elevados que trazem onerosidade maior ao custo de regaseificação."
O executivo pontuou ainda que houve uma redução da demanda de gás por usinas termelétricas no país neste ano, diante de uma recuperação dos reservatórios de hidrelétricas, o que permitiu uma queda da exposição da companhia em relação a volumes importados de GNL.
As importações de GNL da petroleira caíram no primeiro bimestre para média de 14 milhões de metros cúbicos ao dia (m³/d), contra 24 milhões de m³/d na média do quarto trimestre.
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