Lucro da Stone desaba no 4º tri, mas ações disparam com estimativa de desempenho no 1º tri
Por Andre Romani
SÃO PAULO (Reuters) -A StoneCo sofreu uma queda de mais de 90% no lucro líquido ajustado do quarto trimestre sobre um ano antes, para 33,7 milhões de reais, informou a companhia de meios de pagamento nesta quinta-feira em balanço.
A empresa, porém, informou fortes projeções de desempenho para o primeiro trimestre deste ano, incluindo expectativa de receita mais que duas vezes maior que a obtida no mesmo período do ano passado.
As ações da StoneCo tiveram forte alta nas operações após o fechamento do mercado em Nova York, chegando a avançar mais de 22%, a 11,78 dólares.
A companhia afirmou que o resultado do quarto trimestre deveu-se ao ápice do descasamento entre o crescimento nos custos de captação de recursos, por conta da alta da Selic, e mudança em política de precificação de pré-pagamentos.
"As margens devem melhorar ao longo de 2022, apesar do investimento continuado na operação", afirmou a Stone no balanço.
A companhia encerrou 2021 com cerca de 1,77 milhão de clientes ativos de serviços de pagamento ante 774,5 mil em 2020. O volume superou a meta da empresa de atingir 1,4 milhão a 1,5 milhão de clientes ativos.
A receita somou 1,87 bilhão de reais, salto de 87% sobre o desempenho do quarto trimestre de 2020. Sem os números da empresa de software Linx, o crescimento foi de 60%, afirmou a companhia no balanço.
PROJEÇÕES
A Stone disse que espera atingir receita de 1,85 bilhão a 1,9 bilhão de reais no primeiro trimestre de 2022, o que representaria crescimento de até 119% em comparação anual.
A companhia estima que o lucro antes de juros deve superar os 140 milhões de reais neste trimestre, contra 17,2 milhões de reais no quarto trimestre de 2021.
Já a adição de clientes deve perder ritmo, diante de "um efeito natural" da reprecificação iniciada no último trimestre, segundo a Stone, que não detalhou a intensidade dessas desaceleração.
O volume total de pagamentos obtido com pequenos e médios negócios e micro comerciantes é projetado entre 58 bilhões e 60 bilhões de reais, crescimento de entre 79% e 83%.
(Edição Alberto Alerigi Jr.)
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