Logo Pagbenk Seu dinheiro rende mais
Topo

Consumo de energia elétrica cresce 1% em fevereiro no Brasil, diz CCEE

21/03/2022 13h13

SÃO PAULO (Reuters) - O consumo nacional de energia elétrica registrou alta de 1% em fevereiro ante igual período do ano passado, segundo dados preliminares divulgados nesta segunda-feira pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

O setor de serviços registrou aumento de 14% no consumo de energia; seguido pelo segmento de madeira, papel e celulose (8,1%); químicos (5,9%); e alimentícios (4,5%).

Entre os destaques negativos em fevereiro, a CCEE apontou indústria têxtil (-5,4%), bebidas (-4,8%) e extração de minerais metálicos (-4,1%), com os maiores recuos no consumo.

A demanda total somou 68.430 megawatts (MW) médios no mês, puxada principalmente pelo mercado livre, no qual indústria e grandes empresas contratam sua energia.

O consumo no segmento cresceu 4,7% ante fevereiro de 2020, enquanto o mercado regulado, que atende pequenas e médias empresas e consumidores residenciais, retraiu 1%.

Segundo a CCEE, dois fatores vêm impactando os volumes de energia consumidos nos diferentes ambientes: a migração de cargas para o mercado livre e a geração distribuída de energia em usinas e telhados solares.

Pelos cálculos da instituição, desconsiderando a migração de consumidores, o consumo no mercado livre teria tido avanço de 1% no mês, enquanto o regulado teria crescimento de 0,9%.

Já excluindo da conta a geração distribuída, o mercado regulado teria apresentado crescimento de 0,4% no mês.

GERAÇÃO

O monitoramento da CCEE para a geração brasileira de energia mostrou que as hidrelétricas aumentaram sua fatia pelo segundo mês consecutivo, entregando ao sistema 6,1% mais energia em relação ao fevereiro do ano passado.

Esse desempenho reflete o cenário hidrológico relativamente mais favorável nos últimos meses, diz a CCEE, o que implicou uma menor necessidade de acionamento das térmicas (-35%).

O cenário positivo para geração solar e eólica resultou em aumentos de 99,4% e 25,8%, respectivamente, em fevereiro.

(Por Letícia Fucuchima)