Fed de Chicago inicia busca por novo chefe com aposentadoria próxima de Evans
(Reuters) - O conselho de administração do Federal Reserve de Chicago iniciou uma busca por um novo presidente do banco para suceder Charles Evans, que atinge a idade de aposentadoria compulsória em janeiro próximo, e anunciou nesta quinta-feira que deixará o cargo no início do próximo ano.
O banco disse em comunicado que contratou a empresa de recrutamento Diversified Search Group para ajudar em seu esforço nacional.
Evans, que começou no Fed de Chicago em 1991, é o formulador de política monetária do Fed mais antigo e tem sido uma voz influente no banco central dos EUA desde que assumiu seu cargo atual em 2007.
Quem conseguir o emprego ajudará a definir as taxas de juros para a maior economia do mundo, que enfrenta a inflação mais alta em 40 anos –-agravada pelo maior conflito militar na Europa desde a Segunda Guerra Mundial e uma pandemia que matou milhões e continua a perturbar as cadeias de suprimentos globais, bem como a vida diária em grande parte do mundo.
É também um momento de mudanças sem precedentes entre os próprios formuladores de política monetária dos EUA, um grupo de 19 pessoas quando todas as vagas são preenchidas. O Fed tem sido historicamente dominado por homens brancos. Com até sete novos formuladores de políticas chegando no início do próximo ano, isso vai mudar.
Espera-se que o Senado dos EUA confirme dois novos membros do Conselho de Governadores do Fed nas próximas semanas, ambos economistas negros se juntando ao que agora é uma liderança totalmente branca. A reitora da Universidade de Michigan, Susan Collins, assumirá o cargo principal no Fed de Boston neste verão do hemisfério Norte, tornando-se a primeira mulher negra a liderar um banco regional do Fed.
O Fed de Dallas, que como o Fed de Boston perdeu seu chefe no outono passado em meio a um escândalo comercial e ético, está no meio de sua própria busca por um novo presidente. E a chefe do Fed de Kansas City, Esther George, vai, como Evans, atingir a idade de aposentadoria compulsória dos bancos regionais de 65 anos no início do próximo ano, e esse banco também precisará buscar um novo líder.
(Por Ann Saphir)
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