Economia britânica patina; consumidores e empresas se preparam para desaceleração
Por Andy Bruce e William Schomberg
LONDRES (Reuters) - A economia do Reino Unido está perdendo força à medida que as famílias enfrentam um aperto no custo de vida, de acordo com dados publicados nesta sexta-feira que mostraram queda nas vendas no varejo e a confiança do consumidor perto de mínimas recordes.
A libra caiu mais de um centavo para abaixo de 1,29 dólar pela primeira vez desde novembro de 2020, depois que dados oficiais e pesquisas de consumidores e empresas apontaram uma forte desaceleração do crescimento, ou pior, nos próximos meses.
Um indicador bastante observado da atividade de negócios da S&P Global apontou que o crescimento desacelerou mais do que o esperado neste mês, conforme as empresas sofrem com custos crescentes e ficam muito mais sombrias em relação às perspectivas.
Dados oficiais mostraram que os volumes de vendas no varejo caíram 1,4% em março ante fevereiro, uma leitura pior do que qualquer economista havia previsto em pesquisa da Reuters.
Mais cedo nesta sexta-feira, a empresa de pesquisa de mercado GfK disse que a confiança do consumidor caiu este mês para perto de seu nível mais baixo desde que os registros começaram há quase 50 anos.
No geral, os dados destacaram a crescente preocupação do Banco da Inglaterra sobre os desafios de enfraquecimento da demanda e inflação em uma máxima de 30 anos de 7%, que e provavelmente aumentará ainda mais além da meta de 2% do banco central.
O presidente do banco central, Andrew Bailey, disse na quinta-feira que o Banco da Inglaterra está caminhando em uma linha estreita entre combater a inflação e evitar a recessão, um desafio enfrentado por outros grandes bancos centrais em todo o mundo.
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