Aço inoxidável amplia perdas na China com queda dos preços de matérias-primas
PEQUIM (Reuters) - Os contratos futuros de aço inoxidável na China caíram pela segunda sessão consecutiva nesta terça-feira, após uma forte queda nos preços do níquel, sua matéria-prima. O baixo consumo devido à situação da Covid-19 também afetou o sentimento.
O contrato de aço inoxidável mais ativo na Bolsa de Futuros de Xangai, para entrega em junho, caiu 1,4%, para 19.225 iuanes (2.936,28 dólares) a tonelada, o menor fechamento desde 4 de março. Mais cedo na sessão, o contrato chegou a cair 4%, para 18.720 iuanes.
O atual mercado de aço inoxidável pode ser descrito como "alto custo, baixo lucro, forte oferta e demanda fraca", escreveram analistas da Huatai Futures em nota, acrescentando que o consumo está lento devido ao surto de Covid-19.
Os futuros de níquel de Xangai retraíram 6,8%, para 205.880 iuanes por tonelada, pesando ainda mais sobre os preços do aço inoxidável.
Outros produtos siderúrgicos na bolsa de Xangai também ampliaram as quedas, com o vergalhão para material de construção, para entrega em outubro, fechando em queda de 0,7%, para 4.829 iuanes por tonelada. As bobinas laminadas a quente, usadas no setor manufatureiro, caíram 1,2%, para 4.907 iuanes por tonelada.
O primeiro-ministro chinês Li Keqiang disse em uma reunião do Conselho de Estado na segunda-feira que o país deve observar o impacto econômico de fatores domésticos e externos que superaram as expectativas, e medidas políticas precisam ser implementadas no primeiro semestre para estabilizar os preços e os fundamentos econômicos.
Os futuros de minério de ferro de referência na bolsa de commodities de Dalian, para entrega em setembro, caíram 2,5%, para 809 iuanes por tonelada, estendendo as perdas para a terceira sessão.
(Por Min Zhang em Pequim e Enrico Dela Cruz em Manila)
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