Rublo russo estende queda após corte de juros; Eurobonds dominam atenções
(Reuters) - O rublo russo dava sequência às perdas recentes nesta sexta-feira, depois de forte queda na sessão anterior, com o corte da taxa de juros, a sinalização de mais reduções, a perspectiva de flexibilização dos controles de capital e um possível default soberano golpeando a moeda.
O rublo despencou cerca de 10% em relação ao dólar e ao euro na quinta-feira, depois que o banco central baixou sua taxa básica para 11%, o terceiro corte de 300 pontos-base consecutivo, à medida que a inflação desacelera de máximas de mais de 20 anos.
Como o rublo continuou oscilando desta forma nesta sexta-feira, o primeiro-ministro Mikhail Mishustin disse que o governo quer evitar a volatilidade da moeda, sinal de que Moscou não está totalmente confortável com os movimentos aparentemente incontroláveis do rublo.
Por volta das 11h19 (de Brasília), o rublo perdia cerca de 2,3%, a 66,8025 por dólar, oscilando durante a sessão de 64,89 por dólar para uma mínima em mais de duas semanas de 67,4950 por dólar. Na quarta-feira, o rublo atingiu seu nível mais forte desde fevereiro de 2018, de 55,80 em relação a 1 dólar.
Frente ao euro, o rublo perdia também em torno de 2,3%, para 69,58 por euro, afastando-se ainda mais da máxima em sete anos de 57,10 por euro alcançada na quarta-feira.
Os olhos do mercado estão focados na NSD, a central de liquidação de operações financeiras da Rússia, que prometeu fazer pagamentos de juros nesta sexta-feira no valor de 71,25 milhões de dólares e 26,5 milhões de euros relativos a dois Eurobonds.
Isso apesar de Washington ter decidido não estender uma licença importante que permitia a Moscou continuar pagando aos detentores de títulos, a despeito das sanções impostas pelas ações do país na Ucrânia, colocando a Rússia à beira de um tipo único de crise da dívida.
Os índices de ações russos mostravam fraqueza.
O índice RTS, denominado em dólar, recuava 2,95%, enquanto o índice MOEX, cotado em rublos, rondava estabilidade, com ligeira alta de 0,21%.
(Reportagem da Reuters)
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