Vendas de moradias usadas nos EUA caem em julho pelo 6º mês consecutivo
WASHINGTON (Reuters) - As vendas de moradias usadas nos Estados Unidos caíram para uma nova mínima de dois anos em julho, mais uma evidência de que a campanha agressiva de aperto da política monetária do Federal Reserve está diminuindo a demanda por residências, embora os níveis de preços das casas permaneçam altos.
As vendas de moradias usadas caíram 5,9%, para uma taxa anual ajustada sazonalmente de 4,81 milhões de unidades no mês passado, o nível mais baixo desde maio de 2020, quando as vendas registraram um recorde negativo durante os bloqueios da Covid-19, informou a Associação Nacional de Corretores de Imóveis nesta quinta-feira.
Excluindo a pandemia, as vendas foram as mais lentas desde novembro de 2015. Foi a sexta queda mensal consecutiva.
Economistas consultados pela Reuters previam queda nas vendas para uma taxa de 4,89 milhões de unidades.
As revendas de moradias, que representam a maior parte das vendas de casas nos EUA, caíram 20,2% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
O relatório veio logo após dados desta semana mostrarem que o início da construção de moradias unifamiliares, que representam a maior parte da construção de casas, caiu para uma mínima em dois anos em julho.
O índice de sentimento do mercado imobiliário da Associação Nacional de Construtores de Casas/Wells Fargo caiu abaixo do nível de 50 em agosto pela primeira vez desde maio de 2020.
As taxas de hipoteca, que se movem em linha com os rendimentos dos Treasuries, subiram ainda mais. A hipoteca de taxa fixa de 30 anos está oscilando em torno de uma média de 5,22%, acima dos 3,22% do início do ano, segundo dados da agência de financiamento hipotecário Freddie Mac.
A desaceleração da demanda pode ajudar a desacelerar a inflação dos preços das moradias, embora muito dependa da oferta, que permanece baixa. O preço mediano das casas usadas subiu 10,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, para 403.800 dólares, em julho. Esse foi o menor ganho em dois anos, embora os preços normalmente recuem em julho depois de disparada em junho.
(Reportagem de Lucia Mutikani)
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