NTS e GNA estudam gasoduto para conectar malha de dutos ao Porto do Açu
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Nova Transportadora do Sudeste (NTS) e a Gás Natural Açu (GNA) assinaram um memorando de entendimentos para estudar a potencial construção de um gasoduto para conectar o Parque Termelétrico a gás natural da GNA, no Porto do Açu, à malha de transporte da NTS em Macaé, no Rio de Janeiro, informaram em nota as companhias nesta terça-feira.
O memorando, segundo as empresas, é um primeiro passo para as avaliações de viabilização do projeto e licenciamento do empreendimento, chamado de Gasoduto de Integração Norte Fluminense (GASINF).
Pelo acordo, a NTS fica responsável pelo desenvolvimento do projeto, incluindo estudos técnicos, para implementação de uma infraestrutura de conexão, composta por um gasoduto de cerca de 105 km e ativos adicionais necessários para conectar o Parque Termelétrico a Gás Natural da GNA, que inclui um Terminal de Regaseificação de GNL e duas termelétricas, ao Terminal de Cabiúnas, em Macaé.
O valor do projeto não foi divulgado.
As empresas pontuaram que o gasoduto seria bidirecional e projetado para receber da Unidade Flutuante de Armazenamento e Regaseificação (FSRU, na sigla em inglês), atracada ao Terminal de GNL, até 15 milhões de m³/d de gás natural e entregar até 16 milhões m³/d.
"Por ser um gasoduto bidirecional, o GASINF permitiria à GNA o desenvolvimento de diferentes modelos de negócio, funcionando como elemento fundamental para garantir flexibilidade comercial e viabilizar a instalação de novas indústrias consumidoras de gás natural no Porto do Açu, que poderiam acessar as rotas de escoamento do pré-sal", disse o diretor Comercial da NTS, Hélder Ferraz.
"A potencial conexão de nosso projeto à malha de gasodutos nacional possibilitará a criação de novas oportunidades de negócios a partir do gás natural e a consolidação de nosso Hub de Gás e Energia no Porto do Açu", disse em nota o CEO da GNA, Bernardo Perseke.
O projeto está sujeito à aprovação pelos órgãos da administração da companhia, bem como pelos órgãos governamentais competentes.
Recentemente, a NTS, controlada pela Brookfield, havia informado que prevê investir 12 bilhões de reais nos próximos oito anos em projetos que incluem estocagem de gás natural liquefeito (GNL) e ampliação da capacidade de transporte dos seus dutos, para atender a crescente produção do pré-sal.
(Por Marta Nogueira)
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