Ibovespa recua com ajustes após superar 113 mil pontos
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa recuava nesta quarta-feira, em meio a movimentos de realização de lucros, após fechar acima dos 113 mil pontos pela primeira vez no ano na véspera, tendo como pano de fundo um ambiente menos favorável a ativos de risco no exterior.
Às 11:54, o Ibovespa caía 0,53 %, a 112.431 pontos. O volume financeiro somava 4,8 bilhões de reais, em sessão marcada por feriado na cidade de São Paulo.
Em Wall Street, o S&P 500 cedia mais de 1% após perspectivas de Microsoft e resultados da Boeing ampliaram os temores de uma recessão.
Na visão da equipe da Guide Investimentos, dada a ausência de grandes eventos do lado econômico, a sessão tende a ficar mais parada, conforme relatório enviado a clientes mais cedo nesta quarta.
DESTAQUES
- PETROBRAS PN recuava 1,73%, a 26,14 reais, em meio a ajustes após ganhos desde o começo do ano, que até a véspera somavam 8,57%. Investidores seguem na expectativa pela reunião de Conselho de Administração da estatal na quinta-feira, que irá analisar a indicação do senador Jean Paul Prates (PT-RN) para presidir a empresa. Ele planeja apresentar ao governo federal sua lista de indicados para as diretorias na sexta-feira se for aprovado, disseram duas fontes à Reuters.
- BTG PACTUAL UNIT caía 2,32%, a 20,66 reais, após a Justiça do Rio de Janeiro suspender o bloqueio de cerca de 1,2 bilhão de reais da Americanas em poder do banco de investimentos. No setor, em meio à divulgação da lista de credores da Americanas, ITAÚ UNIBANCO PN cedia 1,14%, BRADESCO PN recuava 0,77% e SANTANDER BRASIL UNIT perdia 0,73%, enquanto BANCO DO BRASIL ON tinha variação positiva de 0,63%.
- MAGAZINE LUIZA ON recuava 1,59%, a 4,46 reais, mesmo após disparar quase 45% até a véspera desde o anúncio dos problemas contábeis da Americanas, uma vez que analistas veem a varejista de beneficiando e ganhando participação de mercado da rival. VIA ON mostrava declínio de 2,39%, após alta de 10,57% nos últimos dois pregões. Até a terça-feira, a ação mostrava queda de quase 3,5% desde o anúncio da Americanas.
- AMERICANAS ON, que não está mais no Ibovespa, subia 6,25%, a 0,85 reais, após conseguir suspender na véspera o bloqueio de cerca de 1,2 bilhão de reais em poder do BTG Pactual, bem como o "arresto/sequestro dos valores reclamados pela companhia e que tinham sido bloqueados pelos Bancos Safra e Votorantim". A companhia também divulgou sua lista de credores.
- REDE D'OR ON cedia 2,92%, a 27,97 reais, em meio a movimentos de correção após subir mais de 7% na semana passada e fechar os dois últimos pregões também no azul. No setor de saúde, HAPVIDA ON caía 2,46% e QUALICORP ON perdia 2,55%, enquanto FLEURY ON avançava 1,95%.
- WEG ON valorizava-se 3,14%, a 38,38 reais, buscando retomar o sinal positivo em 2023. Até a véspera, contabilizava uma perda de mais de 3%.
- VALE ON registrava acréscimo de 0,18%, a 95,47 reais, enquanto segue sem o referencial dos preços do minério de ferro na China em razão do feriado do Ano Novo Lunar. No setor, porém, CSN MINERAÇÃO ON avançava 2,4%.
(Por Paula Arend Laier; )
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