China quer aumentar o consumo e importações com resfriamento de demanda global
PEQUIM (Reuters) - O gabinete da China disse neste sábado que promoverá uma recuperação do consumo como o principal motor da economia e impulsionará as importações, informou a emissora estatal CCTV, em um momento em que as principais economias do mundo estão à beira da recessão.
Em uma reunião presidida pelo primeiro-ministro, Li Keqiang, o conselho de Estado da China também prometeu acelerar o lançamento de projetos de investimento estrangeiro, manter um iuan estável, facilitar as viagens internacionais e ajudar as empresas a participarem de feiras de negócios domésticas e internacionais.
O gabinete também reafirmou apoio ao setor privado e à economia de plataformas digitais, que sofreram uma série de repressões regulatórias nos últimos anos. Também discutiu medidas para apoiar os agricultores a iniciar o plantio na primavera, incluindo subsídios para a semeadura da soja, informou a CCTV.
Durante o feriado do Ano Novo Lunar, que dura uma semana e terminou na sexta-feira, o consumo na China aumentou 12,2% em relação ao mesmo período do ano passado, informou a autoridade tributária neste sábado, refletindo uma recuperação após o relaxamento de algumas das restrições mais rígidas contra a Covid-19.
Analistas da corretora japonesa Nomura disseram neste sábado que o consumo de serviços pessoais se recuperou notavelmente na China, como visto na recuperação das viagens e nas receitas do turismo. Mas eles disseram que as famílias provavelmente serão moderadas na liberação de demanda reprimida.
As exportações chinesas encolheram acentuadamente em dezembro com o arrefecimento da demanda global e um declínio mais modesto nas importações levou os analistas econômicos a preverem uma lenta recuperação da demanda doméstica nos próximos meses.
A economia da China cresceu 3% em 2022, quando ainda estavam em vigor medidas rigorosas de isolamento social, bem abaixo da meta oficial de "cerca de" 5,5%, mostraram dados oficiais no início deste mês.
O crescimento da China deve se recuperar para 4,9% em 2023, antes de se estabilizar em 2024, de acordo com uma pesquisa da Reuters com economistas.
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