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Autoridades do BCE concordaram com alta de juros somente após resgate do Credit Suisse

Sede do Banco Central Europeu (BCE), em Frankfurt - Kai Pfaffenbach
Sede do Banco Central Europeu (BCE), em Frankfurt Imagem: Kai Pfaffenbach

Francesco Canepa e Balazs Koranyi

Em Frankfurt (Alemanha)

16/03/2023 13h37Atualizada em 16/03/2023 17h03

As autoridades do Banco Central Europeu só concordaram hoje com outro aumento grande no juro depois que o Credit Suisse garantiu ajuda do banco central suíço e os mercados financeiros se estabilizaram, disseram três fontes à Reuters.

Fontes próximas ao Conselho do BCE disseram que uma queda repentina nas ações do Credit Suisse e dos bancos da zona do euro na quarta-feira abalou os planos até então bem definidos de outro ajuste de 0,50 ponto percentual no custo dos empréstimos, já que investidores temem uma nova crise financeira.

Alguns membros do BCE pediram que a taxa fosse mantida inalterada e que a autoridade monetária esperasse que os mercados financeiros se acalmassem, em vez de aumentar o custo dos empréstimos pela sexta vez e correr o risco de piorar as coisas, acrescentaram as fontes.

Mas a decisão do banco central suíço de resgatar o Credit Suisse com um empréstimo emergencial de 50 bilhões de francos ajudou a estabilizar os mercados financeiros e foi determinante para garantir o aumento planejado das taxas, disseram as fontes.

Um porta-voz do BCE se recusou a comentar.

Alguns investidores duvidavam da determinação do BCE de prosseguir com o aumento de 0,50 ponto percentual que havia anunciado explicitamente em fevereiro, com alguns analistas apostando em um movimento menor, de 0,25 ponto.

Mas as fontes disseram que isso nunca foi debatido, com a discussão se concentrando em um ajuste de 0,50 ponto ou nenhum aumento.