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Conselho da Petrobras decide não revisar desinvestimentos em fase de assinatura

Sede da Petrobras - Arquivo - Reuters
Sede da Petrobras Imagem: Arquivo - Reuters

Marta Nogueira

No Rio de Janeiro

29/03/2023 16h57Atualizada em 29/03/2023 16h57

O atual conselho de administração da Petrobras, ainda formado por nomes indicados no governo anterior, decidiu nesta quarta-feira que a empresa não deverá revisar vendas de ativos já em fase de assinatura e fechamento de contratos, informou a petroleira em fato relevante.

A decisão frustra novo ofício do governo federal que pedia que a empresa, com uma nova diretoria a partir desta quarta-feira, reavaliasse vendas de ativos, incluindo desinvestimentos já assinados.

O atual conselho ainda é formado por indicados do governo de Jair Bolsonaro, exceto pela presença de Jean Paul Prates, que tomou posse em janeiro indicado por Luiz Inácio Lula da Silva como novo CEO e membro do colegiado. A renovação do conselho é esperada para o fim de abril.

O conselho da Petrobras pontuou ainda nesta quarta-feira que o tema de revisão de processos de investimentos e desinvestimentos deve ser considerado dentro de plano estratégico, mas poderá avaliar a matéria caso a nova diretoria decida sobre o assunto, explicou a empresa.

"Vale notar que esta revisão não deverá incluir os desinvestimentos já em fase de assinatura e fechamento de contratos de forma a cumprir plenamente os direitos e as obrigações já assumidas pela companhia, com calendários e datas inclusive já definidas para ocorrer ao longo dos quatro trimestres de 2023, e, desta forma, não causar qualquer dano as partes envolvidas nas negociações, em especial a Petrobras", afirmou a empresa.

O governo Lula é um grande crítico da estratégia adotada pela Petrobras no governo anterior, de vender bilhões de dólares em ativos, em meio a um foco na exploração e produção de petróleo em águas profundas, e desde a campanha eleitoral tem prometido mudar o rumo da empresa.