Ibovespa avança com apoio de Vale e Petrobras apesar de exterior desfavorável
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa avançava nesta segunda-feira, em uma sessão sem notícias muito relevantes, com Vale e Petrobras entre os principais suportes, enquanto Taesa figurava na ponta de baixa com a perspectiva de uma oferta bilionária de ações.
Às 11:07, o Ibovespa subia 0,89 %, a 101.717,01 pontos, após acumular queda de 1% na semana passada. O volume financeiro somava 3,5 bilhões de reais.
Mais cedo, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, afirmou que o governo vai anunciar uma série de medidas para melhorar o mercado de crédito e aumentar a competitividade.
Ele também afirmou em entrevista à GloboNews que, a partir do momento em que o Banco Central reconhece a qualidade da proposta de arcabouço fiscal, abre-se a perspectiva de um afrouxamento monetário.
Na última quarta-feira, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que a avaliação da autoridade monetária sobre a proposta da nova regra fiscal pelo governo era "super positiva", embora tenha feito algumas ponderações.
Do ponto de vista doméstico, estrategistas vêm citando um alívio na taxa Selic, atualmente em 13,75%, como essencial para uma melhora mais sustentável das ações brasileiras, principalmente daquelas sensíveis à economia interna.
Economistas do Itaú Unibanco, chefiados por Mario Mesquita, avaliam que o arcabouço fiscal e o futuro anúncio de medidas de recomposição das receitas são complementares e positivos.
Ainda assim, veem desafios significativos relacionados à implementação da trajetória almejada e consequentes ganhos de credibilidade e consolidação da regra, que pode ser incrementada por uma reforma tributária que gere ganhos de produtividade.
Em relatório a clientes, eles reiteraram previsão de déficit primário de 1,2% do PIB em 2023 e 0,7% do PIB em 2024, com a dívida bruta em 76% e 79% do PIB, respectivamente. Para a Selic, também ainda veem 12,50% no final de 2023 e 10% ao fim de 2024.
No exterior, Wall Street tinha uma sessão negativa com crescentes preocupações de que o Federal Reserve continuará a aumentar a taxas de juros depois que dados de empregos de sexta-feira destacaram um mercado de trabalho ainda forte.
DESTAQUES
- VALE ON avançava 1,56%, a 77,95 reais, mesmo com a queda dos futuros do minério de ferro na China. O contrato mais negociado na Dalian Commodity Exchange caiu 1,83%, para uma mínima de duas semanas, a 777 iuanes a tonelada.
- GERDAU PN valorizava-se 3,38%, a 24,75 reais, em dia de alta no setor, com CSN ON ganhando 3,91 e USIMINAS PNA avançando 3,14%. Dados da Anfavea mostraram forte crescimento na produção de veículos no Brasil em março.
- PETROBRAS PN subia 1,67%, a 24,4 reais, em dia de variações modestas dos preços do petróleo no exterior, com o Brent cedendo 0,2%.
- ITAÚ UNIBANCO PN mostrava elevação de 0,61%, a 24,56 reais, e BRADESCO PN registrava alta de 1,23%, a 13,19 reais.
- AZUL PN avançava 2,23%, a 11 reais, apesar de dados mostrando que a procura por voos domésticos da companhia aérea em março recuou 2,6% sobre o mesmo mês do ano passado. No setor, GOL PN subia 0,83%.
- TAESA UNIT recuava 3,17%, a 33,94 reais, após notícia de que transmissora de energia pretende levantar entre 1,5 bilhão e 2 bilhões de reais em uma oferta de ações. Segundo reportagem do Brazil Journal, a oferta deve ocorrer na segunda metade de abril ou em maio.
- SABESP ON cedia 2,75%, a 48,82 reais, mesmo após autorização para elevar tarifas em 9,56%. De acordo com o BTG Pactual, o reajuste ficou um pouco abaixo do esperado. A Sabesp também deve assinar nesta segunda-feira a contratação da International Finance Corporation (IFC) para assessorar o processo de desestatização da empresa.
(Por Paula Arend Laier)
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