Sigma Lithium iniciará produção "dentro de alguns dias" após obter licença
(Reuters) - A mineradora Sigma Lithium Corp informou nesta segunda-feira que recebeu licença de operação em Minas Gerais para vender e exportar lítio, e que sua produção de metal para baterias de veículos elétricos deve começar dentro de dias.
A aprovação para a Sigma operar a mina de lítio Grota do Cirilo e equipamentos de processamento foi confirmada pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento (Semad) de Minas Gerais.
A empresa sediada em Vancouver deve iniciar a produção "dentro de dias" e exportar lítio "dentro de semanas", disse Ana Cabral-Gardner, CEO da Sigma, à Reuters.
Nos últimos meses, surgiram rumores de que a Tesla Inc. ou a concorrente chinesa de lítio Ganfeng Lithium Group Co poderiam fazer uma oferta pela Sigma.
Cabral-Gardner reconheceu que várias empresas estão "esperando por alguma abordagem para Sigma", mas se recusou a comentar quando perguntada se a Sigma estaria em alguma negociação.
"Estou focada no que posso controlar, que é colocar essa empresa em produção", disse Cabral-Gardner, que também é sócia da A10 Investimentos, que detém 45% das ações da Sigma.
A produção da companhia deverá aumentar gradualmente nos próximos meses e atingir a taxa de produção anual de 270.000 toneladas de concentrado de espodumênio (mineral fonte de lítio) até julho.
Em 2021, a Sigma concordou em fornecer pelo menos 60.000 toneladas para a LG Energy Solution Ltd começando este ano. Espera-se que a produção restante seja vendida no mercado spot para clientes que provavelmente processarão o metal na China.
A Sigma está atualmente "verificando qual cliente receberá o primeiro carregamento", disse Cabral-Gardner.
Como a demanda de lítio é baixa no Brasil, Cabral-Gardner disse que o projeto da Sigma é "voltado para permitir a transição energética no Hemisfério Norte".
A Sigma projetou que a mina alcançará um fluxo de caixa livre anual de 455 milhões de dólares em sua primeira fase de produção.
Sete analistas recomendam a compra de ações da Sigma e acreditam que ela deve ser negociada 69% acima dos níveis atuais, segundo dados da Refinitiv Eikon.
(Reportagem de Ernest Scheyder e Marta Nogueira)
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