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Dívida pública federal tem alta de 0,63% em março

26/04/2023 14h41

SÃO PAULO (Reuters) - A dívida pública federal subiu 0,63% em março sobre fevereiro, para 5,893 trilhões de reais, informou o Tesouro Nacional nesta quarta-feira.

No período, a dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) somou 5,658 trilhões de reais, enquanto a dívida pública federal externa (DPFe) atingiu 234,4 bilhões de reais.

Conforme o Tesouro, do total da dívida pública federal no final de março, 24,7% correspondiam a títulos prefixados, 32% a títulos vinculados a índices de preços, 39,08% a papeis com taxas flutuantes e 4,22% a papeis cambiais.

Em março, o aumento de 0,63% deveu-se, conforme o Tesouro, à apropriação positiva de juros, no valor de 56,98 bilhões de reais, neutralizado, em parte, pelo resgate líquido, no valor de 20,31 bilhões de reais.

O órgão informou ainda que a reserva de liquidez da dívida pública --uma espécie de "colchão" para o pagamento dos compromissos-- apresentou redução de 2,22% em termos nominais em março, para 973,56 bilhões de reais.

Apesar da redução dos valores em reais, a reserva de liquidez registrada em março garante o pagamento da dívida pública nos próximos 9,22 meses, considerando os vencimentos à frente. Em fevereiro, o indicador cobriria 6,87 meses.

"(O índice) está bastante acima do que a gente chama de nível prudencial, de 3 meses, o nível a partir do qual abaixo dele poderia caracterizar algum risco na gestão da dívida", disse o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Luis Felipe Vital, durante entrevista coletiva à imprensa.

"Nossa estratégia para 2023 é manter o colchão de liquidez", acrescentou.

Questionado sobre a de a demanda por Letras Financeiras do Tesouro (LFTs) --papéis indexados à taxa básica Selic-- diminuir no segundo semestre, a partir do momento em que o Banco Central iniciar o processo de corte de juros, Vital disse que a expectativa é de que a demanda se mantenha.

"A gente tem participantes do mercado que são tipicamente demandantes de LFT, que vão demandar taxas flutuantes. A gente já manteve volume de emissões inclusive em momentos em que a taxa Selic era mais baixa", disse.

(Por Fabrício de Castro)