PicPay estreia em mercado de tickets e avalia IPO em janela de oportunidade
BRASÍLIA (Reuters) - A empresa de pagamentos PicPay anunciou nesta quarta-feira a entrada no mercado de benefícios corporativos, como vale-refeição, em passo para expandir a base de clientes enquanto segue avaliando eventual abertura de capital.
O chamado PicPic ofertará numa só plataforma digital a possibilidade de recebimento de vale-refeição, vale-alimentação e vale-combustível, com o diferencial de permitir a antecipação de salário e o compartilhamento do saldo dos benefícios com familiares, disse a empresa.
Segundo o vice-presidente de serviços financeiros pessoa física do PicPay, Danilo Caffaro, o produto é visto como estratégico dentro do negócio da fintech, que conseguiu antecipar meta de atingir equilíbrio financeiro ao apresentar lucro já no último trimestre do ano passado.
O PicPay busca chegar ao final deste ano com 400 mil beneficiários do novo serviço, mirando abocanhar uma parcela de um mercado que movimenta cerca de 150 bilhões de reais ao ano e é dominado hoje por quatro grandes players - Sodexo, Ticket, subsidiária da Edenred, Alelo e VR.
Na esteira de mudanças regulatórias promovidas nos últimos anos para abrir o mercado, algumas das quais ainda dependem de regulamentação do governo, novas entrantes têm buscado seu lugar ao sol, incluindo a empresa de entregas iFood, o Mercado Pago, unidade de pagamentos do Mercado Livre, e as fintechs Caju, Swile e Flash.
À Reuters, Caffaro destacou que a nova unidade de negócios deverá contribuir de maneira direta e indireta para os resultados, ao promover maior engajamento dos usuários com os outros produtos da empresa, num momento em que o PicPay segue avaliando o melhor momento para abrir capital nos Estados Unidos.
"A gente continua trabalhando aqui focado na rentabilização do negócio pra quando tiver a janela, o mercado estiver propício, a gente estar pronto pra tomar essa decisão", ele disse.
Tiago Vasconcelos, executivo designado para comandar o PicPic, acrescentou que a decisão de entrar no mercado de benefícios veio após a empresa considerar ter expertise muito sólida em pagamentos com sua carteira de 30 milhões de clientes ativos.
"É negócio que tem potencial de sustentabilidade muito amplo, não prejudicando nenhum plano de crescimento que a gente tem", afirmou.
(Reportagem de Marcela Ayres)
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