Opep+ mantém negociações "difíceis" sobre cortes e cotas, dizem fontes
Por Maha El Dahan e Alex Lawler e Ahmad Ghaddar
VIENA (Reuters) - A Opep e seus aliados se reuniram neste domingo para tentar chegar a um acordo sobre novos cortes na produção, disseram fontes à Reuters, no momento em que o grupo enfrenta uma queda dos preços do petróleo e um iminente excesso de oferta.
O grupo, conhecido como Opep+, atrasou o início das negociações formais em pelo menos três horas e meia devido a discussões dos membros nos bastidores sobre as linhas de base da produção, a partir das quais os cortes e cotas são calculados, disseram fontes.
Os membros mais influentes da Opep e os maiores produtores do Golfo Pérsico, liderados pela Arábia Saudita, estavam tentando persuadir nações africanas subprodutoras, como Nigéria e Angola, a terem metas de produção mais realistas, disseram fontes.
"As conversas com produtores africanos estão se mostrando difíceis", disse uma fonte da Opep+. Enquanto isso, os Emirados Árabes Unidos, um produtor do Golfo, buscava uma linha de base mais alta para refletir sua crescente capacidade de produção, disseram fontes.
A OPEP+, que agrupa a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados liderados pela Rússia, produz cerca de 40% do petróleo bruto mundial, o que significa que suas decisões políticas podem ter um grande impacto nos preços do petróleo.
Quatro fontes familiarizadas com as discussões da Opep+ disseram à Reuters que cortes adicionais de produção estão sendo discutidos entre as opções para a sessão deste domingo.
"Estamos discutindo o pacote completo (de mudanças no acordo)", disse uma das quatro fontes.
Três das quatro fontes disseram que os cortes podem chegar a 1 milhão de bpd, além dos cortes existentes de 2 milhões de bpd e os cortes voluntários de 1,6 milhão de bpd anunciados em um movimento inesperado em abril e que entraram em vigor em maio.
O anúncio de abril ajudou a elevar os preços do petróleo em cerca de 9 dólares por barril, para acima de 87 dólares, mas os valores recuaram rapidamente sob a pressão das preocupações com o crescimento econômico e a demanda globais. Na sexta-feira, o petróleo Brent fechou a 76 dólares.
Se aprovado, um novo corte levaria o volume total de reduções para 4,66 milhões de bpd, ou cerca de 4,5% da demanda global.
Normalmente, os cortes de produção entram em vigor um mês após o acordo, mas os ministros dos países envolvidos nas conversas também podem concordar com uma implementação posterior. Eles também podem decidir manter a produção estável.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.