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Analfabetismo no Brasil recua para 5,6% em 2022

Pessoa escrevendo - iStock
Pessoa escrevendo Imagem: iStock

Rodrigo Viga Gaier e Fernando Cardoso

No Rio

07/06/2023 15h18Atualizada em 07/06/2023 17h21

A taxa de analfabetismo no Brasil caiu para 5,6% em 2022 ante 6,1% em 2019, apontou nesta quarta-feira a pesquisa Pnad Educação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrando uma redução de quase 500 mil pessoas no período.

A Região Nordeste teve a taxa de analfabetismo mais elevada do país, com 11,7%, enquanto o Sudeste obteve a mais baixa, em 2,9%. Entre as 9,6 milhões de pessoas com 15 anos ou mais de idade que não sabiam ler e escrever no país, 59,4%, ou 5,3 milhões, viviam lá.

No Nordeste, região mais carente do país, estão as três maiores taxas de analfabetismo por Estado observadas em 2022: Piauí (14,8%), Alagoas (14,4%) e Paraíba (13,6%)

Por outro lado, as menores taxas estavam em unidades mais ricas da federação: Distrito Federal (1,9%), Rio de Janeiro (2,1%), São Paulo e Santa Catarina (ambos com 2,2%).

Segundo a pesquisa, 54,1% dos analfabetos (5,2 milhões) tinham 60 anos ou mais. Além da idade, fatores como cor ou raça também influenciam no nível de analfabetismo no Brasil.

De acordo com a pesquisa, cerca de 7,4% de pessoas pretas ou pardas com 15 anos ou mais de idade eram analfabetas, mais que o dobro da taxa encontrada entre as pessoas brancas, de 3,4%.

No grupo etário de 60 anos ou mais, a taxa de analfabetismo dos brancos foi de 9,3%, enquanto entre pretos ou pardos o número chegou a 23,3%.

?O analfabetismo segue em trajetória de queda, mas mantém uma característica estrutural: quanto mais velho o grupo populacional, maior a proporção de analfabetos", avaliou a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy.

"Isso indica que as gerações mais novas estão tendo maior acesso à educação e sendo alfabetizadas ainda crianças, enquanto permanece um contingente de analfabetos, formado principalmente, por pessoas idosas que não acessaram à alfabetização na infância/juventude e permanecem analfabetas na vida adulta?, acrescentou.

A pesquisa mostrou ainda que em 2022, pela primeira vez, mais de 50% das pessoas com 25 anos ou mais de idade do país já haviam concluído a educação básica.