Investidores canalizam bilhões para emergentes, mas fluxos para China têm nova queda--IIF
Por Libby George
LONDRES (Reuters) - Investimentos estrangeiros em renda fixa e ações asiáticas impulsionaram os fluxos para portfólios de mercados emergentes a 10,4 bilhões de dólares em maio, compensando os títulos chineses que sofreram um terceiro mês consecutivo de saídas, aponta o Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês).
O quinto mês seguido de fluxos de caixa positivos de investidores estrangeiros para os mercados emergentes ocorreu a despeito de uma saída de 7,2 bilhões de dólares da dívida chinesa e de uma pequena entrada de 100 milhões de dólares nas ações do país, constatou o IIF.
Ao longo do último ano, os investidores estrangeiros retiraram cerca de 59 bilhões de dólares da dívida chinesa, embora as ações do país tenham registrado entradas de 33,7 bilhões de dólares no mesmo período.
"Embora nossos dados mostrem um quadro positivo em geral, este é o quinto mês consecutivo de saídas de dívida chinesa e fluxos apenas marginais para ações da China", escreveu o economista do IIF Jonathan Fortun em nota.
No total, os investidores colocaram 6,9 bilhões de dólares em ações de mercados emergentes e 3,5 bilhões de dólares em dívidas.
Os números, embora positivos, falharam novamente em sustentar o otimismo do início deste ano, quando as entradas atingiram o maior nível em dois anos com a reabertura pós-pandemia da China e a esperança de que um ciclo global de alta da taxa de juros estivesse em pausa.
A maior parte do dinheiro recebido, um total de 16,4 bilhões de dólares, foi para os mercados emergentes da Ásia, com ações na Índia, Taiwan e Coreia atraindo grandes investimentos.
Os investidores retiraram um total de 5,8 bilhões dos mercados emergentes da África e do Oriente Médio. As saídas da África do Sul, que lidou com cortes de energia e piora da confiança dos investidores locais, foram de 562 milhões de dólares em ações e 816 milhões de dólares em dívidas.
"Avançando, vemos padrões sazonais na dívida em dólares emergentes tornando-se progressivamente mais fracos nos próximos meses, já que a liquidez apertada historicamente desencorajou credores de adicionar exposição antes do último trimestre do ano", escreveu Fortun.
"Assim, esperamos uma queda no nível de ingressos, explicada principalmente por um mercado mais cauteloso."
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